Dos queijos europeus, o francês Brie é um dos mais populares e seu reinado vai muito além da região que o batizou |
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A verde região de La Brie,
que fica a aproximadamente 28 km de Paris, é um local muito peculiar
que tem uma longa história de produção de queijos. Uma das razões para a
crescente importância do queijo homônimo é a proximidade geográfica da
capital francesa, que é um grande centro de consumo.
O
acontecimento que trouxe a fama de “rei dos queijos” foi quando a
nobreza de Viena, na Áustria, em meados de 1814, o elegeram como um dos
queijos mais macios e saborosos de toda a Europa. Mas bem antes disso,
de acordo com a lenda, um dos seus mais notáveis apreciadores era o
Imperador Carlos Magno. |
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| Tábua de queijos com diferentes cortes de Brie servidos com pães, ervas finas e mel |
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Entre
suas histórias mais famosas está a do mulherengo Henrique IV, que
esqueceu de um encontro que teria com sua amante quando sua esposa o
presenteou com um pedaço do cremoso queijo.
Conta-se
também que Luís XVI teria perdido sua oportunidade de fuga para a
liberdade quando demorou demais no meio do caminho, saindo de Paris,
para degustar o Brie de Meaux, um tipo artesanal de Brie muito
valorizado na França.
Mas
a sua popularidade nunca se limitou à realeza: durante a revolução
francesa ficou famosa a declaração de um deputado na assembleia: “O
queijo Brie, adorado por ricos e pobres, já pregava a igualdade muito
antes de que a achássemos possível”.
A
nomenclatura “Brie” é um nome muito comum que foi definido pela lei
francesa através de um decreto. Imprescindivelmente elaborado com leite
de vaca, é um queijo de pasta mole, com casca florida branca, fofa e
bastante espessa. Sua massa pode ser cremosa abaixo da crosta e
geralmente possui um centro branco.
Existem vários tipos de Brie, sendo que o Brie de Meaux e o Brie de Melun possuem o rótulo de Denominação de Origem Protegida (DOP),
uma garantia de que o produto foi transformado e produzido numa área
geográfica específica, com respeito pela qualidade, tradição, pessoas e
pela identidade de seu lugar de origem, o que faz que ele seja
reconhecido como ímpar e como referência de qualidade, aquilo que
conhecemos como ‘Terroir’.
Estes
dois tipos de Brie são muito marcantes, pois escorrem para o prato
quando sua branca camada externa é partida, assaltando os sentidos com
seus acentuados aromas e sabores.
Outros
tipos de Brie incluem Brie Fermier, Brie de Coulommiers, Brie de
Montereau e o Brie noir (um Brie envelhecido). No Brasil podemos
encontrar o Brie tradicional e o Brie au Bleu, que tem veias de mofo
azul.
As
produções dessas iguarias são provenientes de receitas que têm sido
transmitidas há séculos e executadas de forma ancestral e industrial. |
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| Brie au Bleu, que possui veias azuis em seu interior |
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Entre
as características do produto vale destacar a sua casca branca e macia,
resultado da ação de fungos brancos. Ele é classificado como um queijo
semigordo, com teor de gordura de até 35% e é rico em proteínas.
A
forma com que é realizado o affinage, ou seja, a cura e maturação dos
queijos, é um dos segredos que o torna tão singular. Ele é ideal para
ser consumido puro, em sanduíches ou como acompanhamento de frutas e
vinho branco, resultando numa escolha sofisticada e versátil.
Fontes: Hénaut, Stéphane A
deliciosa história da França: as origens, fatos e lendas por trás das
receitas, vinhos e pratos franceses mais populares de todos os tempos /
Stéphane Hénaut, Jeni Mitchell; tradução Drago. – São Paulo: Seoman,
2020
Masui, Kazuko Queijos
franceses: guia para mais de 250 tipos de queijos de todas as regiões
da França / Kazuko Masui e Tomoko Yamada; tradução e pesquisa técnica de
Talita M. Rodrigues; prefácio Joel Robuchon; fotografia Yohei Maruyama;
consultoria editorial Randolph Hodgson. – Rio de Janeiro: Ediouro,
1999. |
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Sobre a Campanha Prazeres da Europa | Queijos da França |
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A
campanha tem como objetivo divulgar e promover os queijos da União
Europeia e, sobretudo, da França. Mercadorias da mais alta qualidade,
produzidas de forma tradicional, que utilizam o savoir-faire e técnicas
ancestrais, a partir das melhores matérias-primas.
Campanha
cofinanciada pela União Europeia. As opiniões aqui expressas são, no
entanto, apenas do(s) autor(es) e não refletem necessariamente as da
União Europeia nem da France AgriMer. Nem a União Europeia tampouco a
autoridade concedente poderá ser responsabilizada por elas.
Quem somos nós?
O Centro Nacional Interprofissional para a Economia Leiteira (CNIEL)
é uma organização francesa sem fins lucrativos dirigida por quatro
federações que representam toda a cadeia produtiva do setor leiteiro da
França: a Federação Nacional dos Produtores de Leite, a Federação
Nacional das Cooperativas de Lacticínios, a Federação Nacional das
Indústrias de Lacticínios e a Federação de Comércio e Distribuição.
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