A
proposta de reajuste salarial de 5,69% para professores da rede
estadual sugerida pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT) segue gerando
insatisfação na categoria. Após 18 assembleias realizadas na sexta-feira
(18), a APLB (sindicato dos professores estaduais) aprovou uma nova
paralisação para esta segunda (20) e terça-feira (21) com o objetivo de
pressionar o governo da Bahia. Essa movimentação tem sido recorrente.
Inclusive, nesse meio tempo a categoria tem comparecido à sede da
Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), no Centro Administrativo da
Bahia (CAB) para intensificar as reivindicações. De acordo com a nota da
APLB, a paralisação vai ocorrer na rede estadual de ensino em todo o
estado da Bahia. “No resultado, a grande
maioria aprovou paralisação na rede estadual de ensino, na próxima
segunda e terça-feira (20 e 21). Os trabalhadores em Educação estarão
mobilizados, na Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB, em Salvador,
nos dias de paralisação, a partir das 9h, para pressionar os
parlamentares por um reajuste digno durante a sessão de votação dos
projetos de reajuste de salário”, dizia o comunicado do sindicato. Mesmo
com consecutivas paralisações, de acordo com o que o presidente da
APLB, Rui Oliveira, o governo da Bahia ainda não sentou para negociar
com os servidores públicos baianos, em especial os professores
estaduais, acerca do reajuste salarial linear de 4% voltado para todos
os servidores públicos estaduais. A ideia do governo Jerônimo é que 2%
sejam concedidos a partir de 1º de maio de 2024 e os outros 2% a partir
de 31 de agosto de 2024, para todos os servidores ativos e inativos. Na
visão do dirigente, o Governo Jerônimo está adotando a estratégia de
“estancar a sangria”, diminuindo a tensão com a liberação dos
precatórios, mas ressaltou que a proposta de reajuste de 4% que foi
enviada à AL-BA não está sendo pautada. Segundo previsão do governo, o
reajuste previsto produzirá um acréscimo na despesa de pessoal para o
exercício de 2024 no valor estimado de R$ 463,7 milhões. “Já para os
anos de 2025 e 2026, o acréscimo de despesa será de R$890.620.551,00,
cada ano”, diz trecho da mensagem enviada pelo governador. Além do
reajuste de 4%, que abrange todos os servidores estaduais, também há um
segundo reajuste de 5,69% voltado exclusivamente aos professores da
Bahia. No entanto, essa outra proposta foi rejeitada pela categoria que a
julgou insuficiente.
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