Desta
vez, a solução é para quem tem polineuropatia no estágio 2 da doença,
que ainda não conta com tratamento adequado na rede de saúde pública.
Consulta pública nº 24 estará aberta para contribuições até 12 de junho
São Paulo, maio de 2024 – A
amiloidose hereditária por transtirretina com polineuropatia (hATTR-PN)
é uma doença genética rara e debilitante, que pode levar à morte caso
não seja tratada adequadamente1,2,3. No último dia 23, a
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de
Saúde (Conitec), em seu relatório preliminar, deu parecer desfavorável à
inclusão do medicamento inotersena no Sistema Único de Saúde (SUS) para
o tratamento de pacientes no estágio 2 desse tipo da doença.
Atualmente, não há tratamento disponível no SUS para esse estágio da
doença. Diante disso, foi aberta a consulta pública (CP) Nº 24,
de 24 de maio a 12 de junho, em que pacientes, familiares, cuidadores,
profissionais da área da saúde podem participar, assim como a sociedade
em geral, e opinar sobre o oferecimento do tratamento pela rede pública
de saúde.
O relatório preliminar traz, entre outros pontos, questões sobre estudos e valores4.
“São homens e mulheres geralmente em idade produtiva que perdem a
possibilidade de manter o bem-estar e ter uma vida ativa. Essa é a nossa
segunda tentativa de disponibilizar no SUS um medicamento realmente
capaz de mudar o curso natural da doença e que tem sua eficácia e
segurança confirmadas em estudos clínicos e reconhecidas pelas
comunidades médicas e de pacientes”, afirma Rogério Silva, presidente da
PTC Therapeutics do Brasil. “Como companhia, estamos integralmente
dedicados para que a terapia chegue a quem mais precisa, assim como
comprometidos com a sustentabilidade da rede de saúde pública”, afirma
Rogério. A inotersena é o primeiro silenciador gênico aprovado pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pacientes em
estágio 2 da doença, com indicação de melhora da qualidade de vida na
bula. Por ser autoadministrável, possibilita maior autonomia no
tratamento, evitando exposições a ambientes hospitalares e removendo
custos adicionais aos pacientes e ao sistema de saúde.
A
diretora de Assuntos Médicos da PTC Therapeutics do Brasil, Andressa
Federhen, reforça a urgência do cuidado adequado e explica a doença.
“Quem tem a hATTR-PN não pode esperar. Estamos falando de uma condição
progressiva, com grande impacto no bem-estar do paciente e sobrecarga
para toda a família. A doença apresenta três fases: o estágio 1,
inicial, que traz um acometimento sensitivo - como formigamento e
dormência - e motor leves, que não chegam a prejudicar a capacidade de
andar de forma independente. Para esse momento, já temos uma terapia
disponível no SUS. No estágio 2, há uma progressão da neuropática e uma
piora motora importante, o que exige que o paciente precise de algum
tipo de auxílio para caminhar, como uma bengala. Isso reduz a sua
autonomia e independência e impacta muito a sua rotina. O medicamento
correto pode ajudar a postergar a evolução do quadro clínico e oferecer
mais tempo, com qualidade, à vida dos pacientes”. Quando a doença
finalmente chega ao estágio 3, o paciente já se encontra cadeirante ou
acamado e não existe terapias para esse momento. “Por isso a importância
de agir de forma precoce diante de uma enfermidade grave e progressiva
como a hATTR-PN. Uma vez o dano instalado, ele é irreversível”,
completa.
Entenda o processo de incorporação do tratamento no SUS
Após
o encerramento da consulta pública Nº 24, a Conitec deve analisar o
conteúdo das contribuições e rediscutir sua recomendação preliminar. Com
a recomendação final do órgão, o Secretário de Ciência, Tecnologia e
Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde – SECTICS, toma a
decisão sobre a incorporação ao SUS, bem como os critérios a serem
observados. Caso a decisão seja positiva, as próximas fases são:
atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) –
processo que de acordo com o regimento interno da Conitec, deve ser
concluído dentro de 180 dias (prorrogável por mais 90 dias) e
negociações com o ministério da saúde sobre a contratação do
fornecimento da tecnologia.
Sobre a hATTR-PN
A
amiloidose hereditária por transtirretina com polineuropatia (hATTR-PN)
causa a deposição de fibras insolúveis ou amiloides nos tecidos de
vários órgãos, comprometendo suas funções. O primeiro estágio da doença é
caracterizado por formigamentos e dormências nos pés e redução discreta
da força – que não prejudica a capacidade da pessoa de andar. Já no
segundo, há uma maior perda de força e, com isso, a necessidade de
auxílio à locomoção, além de manifestações multissistêmicas. Quando a
doença chega ao estágio 3, normalmente a pessoa já está cadeirante e/ou
acamada, além de diversos sintomas que podem levar a acidentes
vasculares e até complicações cognitivas5.
Os impactos da hATTR-PN incluem:
- As taxas de hospitalização entre os pacientes são altas, variando de 14% a 30%, e entre 14% e 24% para consultas de emergência;6
- Mais da metade (55%) dos pacientes relatam que sua saúde mental/perspectiva de vida é afetada pela amiloidose e apresentam ansiedade (71%), estresse (62%) e depressão (43%).7
Por ser uma doença que afeta diferentes partes do corpo, é essencial que os pacientes contem com uma equipe médica multidisciplinar.
Sobre a PTC Therapeutics
A
PTC é uma empresa biofarmacêutica global voltada para a ciência, com
foco na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos
clinicamente diferenciados que proporcionam benefícios a pacientes com
doenças raras. A capacidade da PTC de inovar para identificar novas
terapias e comercializar produtos globalmente é a base que impulsiona o
investimento em um pipeline robusto e diversificado de medicamentos
transformadores. A missão da PTC é proporcionar acesso aos melhores
tratamentos para pacientes que têm pouca ou nenhuma opção de tratamento.
A estratégia da PTC é alavancar sua forte especialização científica e
clínica e sua infraestrutura comercial global para levar as terapias aos
pacientes. A PTC acredita que isso lhe permite maximizar valor para
todos os seus stakeholders. Para saber mais sobre a PTC, visite-nos em www.ptcbio.com e siga-nos no Instagram, Facebook, Twitter e LinkedIn.
Para mais informações:
LLYC
Caio Wagner Vieira (caio.vieira@llyc.global / 11 97493 1286)
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Referências
1 Benson
MD, Waddington-Cruz M, Berk JL, Polydefkis M, Dyck PJ, Wang AK, et al.
Inotersen Treatment for Patients with Hereditary Transthyretin
Amyloidosis. N Engl J Med. 2018 Jul;379(1):22–31.
2 Coelho
T, Maurer MS, Suhr OB. THAOS - The Transthyretin Amyloidosis Outcomes
Survey: initial report on clinical manifestations in patients with
hereditary and wild- type transthyretin amyloidosis. Curr Med Res Opin
[Internet]. 2013 Jan;29(1):63–76. Available from: Link
3 Adams
D, Koike H, Slama M, Coelho T. Hereditary transthyretin amyloidosis: a
model of medical progress for a fatal disease. Nat Rev Neurol
[Internet]. 2019;15:387–404. Available from: Link
4 BRASIL.
Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos
Estratégicos. CONITEC. Inotersena para o tratamento da polineuropatia
amiloidótica familiar relacionada à transtirretina em pacientes adultos
no estágio 2 da doença no SUS- Relatório de recomendação. 2024
[Internet]. [cited 2024 May 23] Available from: Link
5 Pinto
MV, Cavalcante M, Jr F, Vinicius M, Gonçalves M, Câmara Machado-Costa
M, et al. Brazilian consensus for diagnosis, management and treatment of
hereditary transthyretin amyloidosis with peripheral neuropathy: second
edition Consenso brasileiro para o diagnóstico, manejo e tratamento da
polineuropatia amiloidótica familiar associada à transtirretina: segunda
edição. Arq Neuropsiquiatr [Internet]. 2023;81(3):308–21.
6 Stewart
M, Shaffer S, Murphy B, Loftus J, Alvir J, Cicchetti M, Lenderking WR.
Characterizing the High Disease Burden of Transthyretin Amyloidosis for
Patients and Caregivers. Neurol Ther. 2018 Dec;7(2):349-364. doi:
10.1007/s40120-018-0106-z. Epub 2018 Aug 2. PMID: 30073497; PMCID:
PMC6283802. Disponível em: Link. Acesso em 6 de maio de 2024.
7 Amyloidosis
Foundation. Understanding the patient voice in hereditary
transthyretin-mediated amyloidosis (ATTR amyloidosis). Disponível em: Link. Acesso em 6 de maio de 2024.
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