Especialista elenca os principais impactos de uma noite mal dormida na saúde da mulher
Países como o Brasil, EUA, Alemanha, Canadá e Islândia são alguns dos que comemoraram o Dia das Mães no segundo domingo de maio, mas como anda a saúde das mães que vivem uma rotina dupla? Em uma pesquisa realizada pela Alice,
plano de saúde para empresas que faz a gestão proativa de seus membros,
avaliou a qualidade da saúde do sono das mulheres no Brasil: 20,5% das mulheres relataram sentir com frequência dificuldade para dormir, enquanto 3,4% alegaram sempre ter essa dificuldade –
em ambos os casos, a causa era o trabalho. No total, apenas 17,1%
afirmaram não sentirem nenhuma dificuldade por conta da rotina
profissional.
Outro estudo importante corrobora com esses
achados: realizado em um município do interior do Estado de São Paulo o
,“Subjective sleep quality before and during the COVID-19 pandemic in a
Brazilian rural population” descobriu que, durante a pandemia do
Covid-19, nas famílias que estavam em quarentena, as mulheres tiveram
uma piora na qualidade do sono, enquanto os homens da mesma família não
apresentaram os mesmos sinais.
“Embora mulheres estejam mais
atentas à sua saúde do que os homens e se cuidem com mais frequência,
elas também estão mais propensas a ter distúrbios do sono devido a
fatores como flutuações hormonais, menopausa, gravidez e à
responsabilidade familiar e profissional, acarretando em maiores
incidências de insônia e apneia do sono”, explica Anna Claudia de
Azevedo, médica de Família e Comunidade na Alice.
Os reflexos de uma noite mal dormida
Segundo
a especialista, noites mal dormidas podem causar fadiga,
irritabilidade, lapsos de memória, comprometimento do sistema
imunológico, aumento do risco de acidentes e problemas de saúde a curto e
longo prazo, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Para
Azevedo, o sono desempenha um papel crucial na saúde física e mental. “É
essencial para a recuperação e regeneração do corpo, além de ser
fundamental para a consolidação da memória e o funcionamento adequado do
sistema imunológico”, explica.
A falta de sono pode levar,
também, a uma redução da capacidade de concentração, tomada de decisões
mais arriscadas, menor criatividade e eficiência no trabalho, além de
aumentar o risco de absenteísmo e erros no ambiente profissional. “As
mulheres precisam se atentar para que uma coisa não acabe prejudicando a
outra e que, no fim, nenhuma afete a sua própria saúde”, comenta a
médica.
Dificuldade para dormir, acordar frequentemente durante a
noite e sonolência diurna excessiva são alguns sinais de que a saúde
do sono não está bem. Esses sintomas, a longo prazo, podem afetar
significativamente a qualidade de vida da mulher. “É recomendado
procurar ajuda médica porque cada pessoa tem a sua necessidade em
relação ao sono. Então, é importante considerar a rotina da mulher para
encontrar os hábitos que impactam sua saúde”, comenta.
Como melhorar a qualidade do sono da mulher
De
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres estão mais
expostas a riscos para a saúde devido à rotina cansativa e desgastante,
decorrente da jornada dupla de trabalho como profissional e responsável
pelo lar e família. Para Anna Claudia, as mulheres precisam estabelecer
prioridades e separá-las por ambiente: familiar e profissional. “É
importante delegar tarefas, praticar técnicas de relaxamento durante a
realização de suas atividades – com pequenas pausas, como, por exemplo,
meditação ou yoga – e, em adicional, buscar ajuda emocional.
Além
disso, é imprescindível criar uma rotina regular de sono, incluindo um
ambiente propício para que a mulher tenha uma boa noite de descanso.
“Precisamos reforçar a importância de um ritual relaxante à noite para
essas mulheres que relatam ter dificuldade por conta das demandas do
trabalho. Praticar técnicas de respiração, evitar estimulantes e
eliminar a exposição à luz azul de aparelhos eletrônicos , antes de
dormir são algumas das orientações que melhoram a qualidade do sono”,
explica Azevedo.
A profissional conclui, ainda, que a atividade
física, em particular, traz benefícios para o sono em todos os estágios
da vida. Além disso, a especialista reforça a importância das
orientações para cada fase da vida da mulher. “Durante a gravidez, é
importante dormir de lado e usar travesseiros de apoio. Já na menopausa,
o manejo dos sintomas, como ondas de calor, pode ajudar a melhorar o
sono. Em dias e períodos de alto estresse, é essencial praticar técnicas
de gerenciamento das emoções e autocuidado”, finaliza a especialista.
SOBRE A ALICE
Fundada por André Florence, Guilherme Azevedo e Matheus Moraes, a Alice é
um plano de saúde para empresas que também faz a gestão proativa
de saúde de seus membros. Com a missão de tornar o mundo mais saudável,
a Alice visa recriar o sistema de saúde
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Luiz Marques
Consultor de PR da Alice
luiz.marques@f5pr.com.br
(11) 96696-5764
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