A
Fortescue, empresa global de energia verde e tecnologia, se reuniu
nesta segunda-feira (13) com governadores e vice-governadores do
Nordeste, durante o World Hydrogen Summit & Exhibition 2024,
realizado na Holanda, para dar continuidade à agenda de promoção do
desenvolvimento de uma legislação para o hidrogênio verde que inclua
condições estruturantes para impulsionar os primeiros grandes
investimentos neste setor.
O evento é considerado o maior encontro global sobre hidrogênio verde e sua cadeia de valor.
A
reunião contou com a participação de governadores e representantes de
oito (8) estados do Nordeste, da Associação Brasileira da Indústria de
Hidrogênio Verde (ABIHV), da Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e de diferentes empresas do
setor.
Durante
o encontro, a Fortescue ressaltou a oportunidade do Brasil se apropriar
e capitalizar suas vantagens em energia renovável para impulsionar a
indústria do hidrogênio verde. O país está bem-posicionado para se
destacar como um dos principais atores globais no desenvolvimento desse
setor e sua cadeia de valor. Sua abundância de energia renovável a
preços competitivos, juntamente com um sistema de comercialização
robusto, uma sólida infraestrutura de transporte de energia e portos bem
estruturados, além das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs), são
fatores que o capacitam a participar dessa competição global.
A
companhia, por meio da ABIHV, destaca, no entanto, que é crucial
estabelecer condições que permitam ao hidrogênio verde competir em
termos de custo com o hidrogênio cinza.
"Esta
reunião com os membros do Consórcio Nordeste e atores relevantes do
setor reafirma o interesse da Fortescue em promover o desenvolvimento de
projetos de hidrogênio verde na região. Para isso, é fundamental
continuar trabalhando em conjunto para garantir o desenvolvimento de um
marco regulatório que permita ao Brasil manter a vantagem que essas
características proporcionam à sua ampla matriz energética, assim como a
maturidade do mercado energético. Nesse contexto, a regulamentação
precisa contemplar a garantia de condições estruturantes para tornar o
hidrogênio verde competitivo”, destacou Sebastian Delgui, gerente de
Assuntos Públicos e Comunidades da América Latina.
Projeto no Brasil
No
Brasil, a Fortescue anunciou um investimento de US$ 5 bilhões na
construção de uma planta de produção de hidrogênio verde no Complexo
Industrial e Portuário do Pecém, no Estado do Ceará, Brasil, em 2021. A
capacidade de produção final do projeto é de 837 toneladas por dia (tpd)
de hidrogênio verde, com base no consumo de 2,1 GW de eletricidade de
fontes renováveis. A planta terá capacidade para produzir 15 milhões de
toneladas de hidrogênio verde por ano.
Trata-se
do maior projeto de desenvolvimento de plantas de hidrogênio verde do
Brasil e um dos maiores do mundo. Os estudos de impacto ambiental para a
planta foram aprovados pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente do Ceará
(Coema) em outubro de 2023 e o projeto está avançando.
A
expectativa é de que, durante a fase de construção, cerca de 5.000
empregos sejam criados. Além disso, um ponto importante é que a planta
utilizará água de esgoto tratado (água reutilizada) e do oceano,
portanto não haverá impactos no abastecimento local de água potável.
Sobre a Fortescue
A
Fortescue está focada em se tornar a principal empresa integrada de
energia verde, metais e tecnologia, reconhecida por sua cultura,
inovação e desenvolvimento líder na indústria de tecnologia,
infraestrutura e iniciativas de energia verde. A empresa está liderando a
revolução industrial verde, construindo um portfólio global de projetos
de hidrogênio verde e amônia verde renováveis e soluções de tecnologia
verde, ao mesmo tempo em que lidera o esforço global para ajudar a
descarbonizar setores difíceis de abater, incluindo as próprias
operações até 2030.
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