Nesta
segunda-feira (20/05), o Museu do Amanhã sediou o evento “Celebração da
Parceria Brasil-Reino Unido em Ciência”, organizado pelo Governo
Britânico para celebrar a parceria com o Brasil na área científica e
anunciar um novo fundo de apoio à pesquisa. A cerimônia foi aberta pela
Embaixadora britânica no Brasil, Stephanie Al-Qaq, que afirmou:
“O
evento de hoje não é somente uma celebração do fantástico trabalho já
feito, mas também uma oportunidade de reiterar o compromisso do Reino
Unido em trabalhar em estreita colaboração com o Brasil para enfrentar
os desafios globais em áreas como clima, saúde global, tecnologias
emergentes e muito mais”.
Além
da embaixadora, estava presente também o Diretor do Ministério
Britânico de Ciência, Inovação e Tecnologia (DSIT), Adam Jackson, que
anunciou oficialmente o International Science Partnerships Fund (Fundo
para Parcerias Científicas Internacionais – ISPF) do Governo Britânico, destinado a fomentar parcerias em pesquisa e inovação.
O
projeto busca colocar ciência, tecnologia, pesquisa e inovação no
coração da colaboração internacional feita pelo Reino Unido ao permitir
que pesquisadores britânicos trabalhem com seus pares em todo o mundo,
em quatro áreas temáticas chave: Planeta Resiliente, Saúde, Tecnologia a
Talentos do Amanhã.
No
total, serão alocados cerca de 337 milhões de libras em projetos de
pesquisa feitos em parceria entre instituições científicas britânicas e
pesquisadores dos diversos países elegíveis. O fundo é gerenciado pelo
Ministério Britânico de Ciência, Tecnologia e Inovação, e os projetos
serão alocados pelas maiores e mais prestigiosas instituições britânicas
de pesquisa: Academy of Medical Sciences; British Academy; British
Council; Met Office; National Physical Laboratory; Royal Academy of
Engineering; Royal Society; UK Research and Innovation; UK Atomic Energy
Authority; Universities UK International.
Anunciado
oficialmente no Brasil nesta semana, o ISPF já vem sendo implementado
desde 2023 e mais de dez projetos brasileiros já foram contemplados,
entre eles:
- Amazônia+10:
iniciativa que visa aprimorar o conhecimento científico sobre a
floresta tropical, as interações entre a natureza e a sociedade, assim
como favorecer o desenvolvimento tecnológico, inclusivo e sustentável da
região;
- Climate Science for Service Partnership Brazil:
um projeto que constrói sólidas parcerias entre institutos de pesquisa
do Reino Unido e do Brasil, produzindo ciência colaborativa fundamental
para o desenvolvimento de serviços climáticos que apoiam o
desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.
Até
o momento, o Brasil é único país da América Latina elegível ao Fundo e o
Governo Britânico, através da Rede de Ciência e Inovação, se
disponibiliza para ajudar pesquisadores e acadêmicos brasileiros a se
beneficiarem ao máximo desta oportunidade.
O
evento também teve dois painéis informativos. O primeiro, “Colaboração
Brasil-Reino Unido: amplificando o impacto científico”, trouxe
representantes da UNICAMP e da UFMG, que compartilharam suas
experiências de trabalho conjunto com o Reino Unido nos projetos
AmazonFACE, que conduz uma pesquisa detalhada para compreender a
resposta da floresta amazônica ao aumento do carbono na atmosfera, e o
New Variant Assessment Platform (NVAP), um programa global de vigilância
genômica, que ofereceu apoio a países definidos como prioritários no
desenvolvimento de sua capacidade e habilidade de identificar, avaliar e
rastrear efetivamente novas variantes da COVID-19 entre suas
populações, ambos realizados em parceria entre Reino Unido e Brasil.
O
segundo painel, “Impulsionando carreiras através da parceria
Brasil-Reino Unido”, contou com o Dr. Bruno Souza Carmo, do Research
Center for Greenhouse Gas Innovation (RCGI – Centro de Pesquisa para
Inovação em Gases de Efeito Estufa), a Dra. Maria Augusta Arruda,
Diretora do Laboratório Nacional de Biociências no Centro Nacional de
Pesquisa em Energia e Materiais (LNBIo-CNPEM) e João Arthur Reis,
Assessor da Presidência para a iniciativa Amazônia +10, representando a
FAPESP. A conversa focou no impacto da colaboração científica com o
Reino Unido no curso de suas carreiras.
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