A
Comissão de Assuntos Sociais aprovou hoje (15) relatório da senadora
Damares Alves (Republicanos-DF) sobre O PL 1.108/2021, que obriga o
Sistema Único de Saúde (SUS) a promover campanhas permanentes sobre os
riscos da automedicação. O texto segue agora para análise do Plenário.
De
acordo com a proposta, todos os gestores do SUS – em âmbito federal,
estadual e municipal – terão que promover campanhas permanentes contra a
automedicação para informar a população sobre os perigos dessa prática,
especialmente em relação a antibióticos e medicamentos controlados.
Segundo
a relatora, uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF) revelou
que 77% dos entrevistados admitiram se automedicar.
Damares
registra ainda que a automedicação pode mascarar sintomas de doenças
graves. Nesses casos, ao aliviar temporariamente os sintomas, a prática
pode adiar a busca por tratamento adequado.
“Infelizmente,
essa prática transcende as questões de saúde individual, pois também
impacta negativamente vários aspectos de saúde púbica. Por exemplo, o
uso indiscriminado de antibióticos é um problema grave, pois contribui
para o desenvolvimento de resistência bacteriana a esses medicamentos,
inviabilizando o uso futuro de muitos tipos de antimicrobianos e
reduzindo, ainda mais, o limitado arsenal terapêutico disponível para o
tratamento de doenças infecciosas”, destaca a parlamentar brasiliense.
Ainda
segundo o relatório, os dados mais recentes disponibilizados pelo
Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX)
assinalam que os medicamentos são a causa mais comum de intoxicação no
Brasil, correspondendo a 27,1% do total de ocorrências, em 2017.
Isso
representou, naquele ano, de acordo com a senadora, cerca de vinte mil
casos de intoxicação medicamentosa e cinquenta óbitos.
Embora
não haja maior refinamento dos dados desse levantamento, pode-se supor,
destaca o texto, que significativa parcela das intoxicações advém da
prática da automedicação.
O que é automedicação
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) define automedicação como o uso de
medicamentos para tratar doenças ou sintomas autodiagnosticados, bem
como o uso intermitente ou continuado de um medicamento prescrito para
doenças ou sintomas crônicos ou recorrentes.
Segundo
relatório apresentado pela senadora, a prática da automedicação é comum
em todo o mundo, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento.
Embora possa
parecer uma solução rápida, eficiente e conveniente para aliviar
sintomas e tratar doenças, destaca Damares Alves, essa conduta esconde
riscos, sendo prejudicial à saúde.
Assessoria de Comunicação, com informações da Agência Senado
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