Arquivo pessoal
Aos 40 anos, sendo mais de 25 de carreira, o campista Filipe Codeço
já é uma referência no teatro, como ator, idealizador e diretor. Com
trabalhos no audiovisual como a novela “Vai Na Fé” (Globo) e “Essa
História Dava Um Filme” (Multishow), e uma experiência ainda maior nos
palcos, Codeço embarca em um novo desafio e estreia “Língua”, espetáculo
pautado em sua pesquisa que explora a interseção entre libras e
português. Na peça, que estreia dia 06 de junho no Sesc Copacabana, além
de fazer parte da criação, Filipe vive Félix, um taxista ouvinte.
“Infelizmente
a comunidade surda é muito apartada do convívio, principalmente pela
barreira da língua. A partir do momento em que não sabemos falar a
língua brasileira de sinais (Libras), a comunicação se torna muito
difícil. E o nosso projeto veio justamente para tentar quebrar essa
barreira e tornar o convívio mais constante, tanto no âmbito cotidiano
quanto também no âmbito da arte”, afirma.
Desafios para se comunicar com surdos e ouvintes ao mesmo tempo - Apesar
de não ser o primeiro espetáculo nesse formato, Filipe afirma que é
sempre desafiador. Isto porque não é uma simples tradução para libras, e
sim, a imersão da língua na arte. Diferente do habitual, não existe um
intérprete simultâneo, a peça é vivida de fato para surdos e ouvintes.
“Não
queremos que tenha um tradutor do lado de fora, em que a comunidade
surda precise sempre olhar para fora da cena. O nosso projeto é que essa
tradução aconteça no palco, uma obra bilingue e bicultural e isso tem
uma complexidade grande. O desafio é ainda maior na comunicação entre
nós, atores. Mas é um processo muito rico e engrandecedor”.
Félix é taxista, ouvinte e passa a entender os dilemas da comunicação - Codeço
dá vida ao personagem que também é um ex-professor de história e amigo
de Matias, um outro taxista, só que surdo. No universo de Matias, todos
falam português e libras, menos Felix. A peça se desenrola no
aniversário do amigo surdo, em que Félix precisa aprender a se
comunicar. Longe de ser um espetáculo sobre surdez, “Língua” traz os
dilemas da comunicação, uma paixão entre amigos, a descoberta
homoafetiva e as interpretações da arte”.
“Certamente
a plateia ouvinte vai se identificar muito com esse personagem,
chegando em um espaço onde ele não domina a língua, mas tenta, porque se
percebe apaixonado. Além da dificuldade de externar os sentimentos”.
Premiado pela APTR Nacional ao integrar libras e português - Essa não é a primeira vez que o artista se arrisca no universo surdo. Foi
vencedor do Prêmio APTR Nacional 2021 de melhor ator em papel
protagonista por “Aquilo De Que Não Se Pode Falar”, também parceria com
Vinícius Arneiro, diretor e dramaturgo. “Língua” também conta com dramaturgia de Pedro Emanuel, e a colaboração de Catarine Moreira na dramaturgia surda.
Priorizando a técnica acima de tudo - Mesmo
que a participação em “Vai Na Fé” tenha sido breve, Filipe contracenou
com grandes nomes, como Renata Sorrah e Lo Bianco e destaca que a
oportunidade evidenciou o quanto a técnica é importante na atuação.
“Quando
você faz uma participação, não tem tempo de criar um relacionamento,
então é importante ter preparo e versatilidade. Tenho um manancial de
ferramentas para me auxiliar”. Entre as ferramentas de Codeço, o artista
estudou a palhaçaria, é músico, roteiriza, dirige e, claro, atua.
Próximos projetos - Imerso
no espetáculo que está prestes a estrear como ator e idealizador,
Filipe afirma que sua atenção está totalmente voltada à obra. No
entanto, já tem alguns planos pós. “Temos um projeto do meu grupo ‘Bando
de Palhaços’, o espetáculo ‘Cidade Selva’ que ainda está em processo,
mas provavelmente será o meu próximo trabalho no teatro”, conta.
Como
diretor e roteirista, está em seu segundo longa-metragem, ainda em fase
de definição para o lançamento. “É um filme que tenho muito carinho, é
bem íntimo, sobre o meu primo que convive com discalculia, um transtorno
de aprendizagem dos números”. Já no audiovisual, conta que tem alguns
papéis engatilhados que ainda não pode revelar.
Filipe Codeço é um talento Catapulta - Catapulta
é uma gestora artística que surgiu da percepção da necessidade dos
atores de se posicionarem no mercado de forma estratégica e consistente,
contando com um seleto grupo de artistas, priorizando a diversidade e o
desenvolvimento de carreira de cada assessorado, auxiliando em todas as
etapas. O intuito é lapidar talentos nacionais e internacionais, entre
os quais estão Dandara Abreu, Luiza Rosa, Natascha Falcão e mais.
Filipe Codeço nas redes:
www.intagram.com/umfilipecodeco
Informações para a Imprensa: Nobre Assessoria
Aline Nobre – alinenobre@nobreassessoria.com
Lucas Pasin – lucas@nobreassessoria.com
Natálie Iggnacio - natalie@nobreassessoria.com
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