MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Após os sucessos dos livros young adult Birman Flint e o Mistério da pérola negra e Birman Flint – A Maldição do Czar, o premiado escritor e historiador Sergio P. Rossoni lança seu terceiro livro, desta vez um romance histórico-policial: O Olho de Gibraltar

 

A primeira grande guerra é e sempre será tema para diálogos sem fim quando o assunto é destacar eventos do horror sangrento na história contemporânea.

No entanto, o que se ruminou em seu prenúncio é assunto muito interessante e para lá de ardiloso também.

O Olho de Gibraltar, lançamento da editora Avec, de Sergio P. Rossoni é um romance histórico-policial que se passa no Norte da África em 1914 e oferece ao leitor ingredientes essenciais para uma leitura ágil e envolvente – elementos históricos e policiais bem como ficcionais, a partir do estudo e da imaginação de seu autor, também historiador.

A trama revela a trajetória alucinante de Benjamin Young, um ex-combatente britânico, durante eventos que culminaram em um dos maiores e mais terríveis conflitos da história da humanidade: a Primeira Grande Guerra, iniciada em 28 de julho de 1914.

Os passos de Ben Young traçam uma história rica em intrigas e traição, espionagens e aventuras deserto afora pelo Norte da África, levando o leitor a sequências ágeis de batalhas aéreas, perseguições entre momentos de paixão, sedução e ambição desmedida.

A quarta capa de O Olho de Gibraltar é assinada por Heidi Strecker, bacharel em Letras e Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestra em estudos comparados de literaturas de língua portuguesa com a dissertação Figura de Marília: aspectos da poética de Tomás Antonio Gonzaga e doutoranda em Literatura Portuguesa também pela USP. É crítica literária e consultora editorial. Autora de mais de 10 obras, entre didáticas, científicas e ficcionais.


Breve sinopse


A História de Ben Young, conhecido como o Olho de Gibraltar, se passa em pleno período colonial no Norte da África nos meses que precederam a Primeira Grande Guerra

Pouco antes do início da Primeira Grande Guerra, uma sequência vertiginosa de acontecimentos está destinada a mudar os rumos da história. Na fronteira entre Argélia e Marrocos, um dirigível de carga prussiano a caminho de Berlim é destruído. Em Tânger, o já citado ex-combatente britânico Benjamim Young, protagonista e dono desta história nesta obra, se depara com o assassinato de um agente egípcio, portador de uma estranha substância química ainda desconhecida.

Como pano de fundo, o romance desenha com precisão de detalhes a corrida naval, a expansão colonial na África e as crises no Marrocos e na região dos Bálcãs que culminaram num dos maiores conflitos do século XX. São personagens marcantes, desenhados com a imaginação precisa de Sergio P. Rossoni.

O leitor vai conhecer de perto o perverso general Klotz Von Rosenstock, o impagável governador francês e o coração singelo do berbere Umar. Como contraponto, ficará obcecado pela beleza deslumbrante e misteriosa de Namira Dhue Baysan, a Opala do Deserto, que cruza o destino de Ben, como os escorpiões do deserto, donos de presas mortais.


Personagens reais ou imaginados? Até onde ficção ou realidade?

por Sergio P.Rossoni

Dar vida a esta história foi uma longa e alegre jornada cheia de desafios que resultaram na realização de um sonho ao conseguir transformar tudo isto em um romance real. Um processo árduo que acabou me conduzindo à graduação, formando-me Bacharel em História.

A História de Ben Young, conhecido como o Olho de Gibraltar, se passa em pleno período colonial no Norte da África nos meses que precederam a Primeira Grande Guerra. Estudar este período, as tramas e consequências das decisões políticas dos grandes líderes que acabaram culminando no maior conflito da nossa história, foi uma tarefa grandiosa que envolveu profissionais que se dedicam a pesquisa, a busca por documentos bibliográficos e iconográficos e muita paciência e dedicação para conseguir mergulhar nesta verdadeira máquina do tempo para compreender e retratar o contexto da época. Porém, gostaria de lembrar que a minha intenção nunca foi a de escrever um romance histórico preciso dos eventos que marcaram a humanidade, mas sim, contar uma história fictícia de aventura, romance e espionagem que pudesse passar ao leitor o espírito, o clima e os sentimentos deste período tão conturbado.

Temas como as crises balcânicas e os conflitos ocorridos no Norte da África entre França e Alemanha envolvendo o Marrocos, são abordados nesta narrativa ficcional recheada de espiões e perseguições pelo deserto. Eventos que são considerados por muitos profissionais como o estopim para aquela que seria a maior de todas as guerras da história, a Primeira Grande Guerra, finalizada em 11 de novembro de 1918. Uma Guerra que deixou um rastro de sangue com 1,4 milhões de mortos, oito milhões de prisioneiros e um número incerto de pessoas para sempre afetadas psicologicamente. Contudo, gostaria de lembrar que a conspiração descrita no romance envolvendo oficiais alemães no assassinato ocorrido em Sarajevo é ficcional, bem como a sua ligação com grupos rebeldes berberes.

Os personagens centrais da narrativa como Ben Young, Umar Yasin, Namira Dhue Baysan, o jovem Mustafá, Idris Misbah, Jafar Adib e Klotz von Rosenstock são personagens fictícios, muito embora contracenem com figuras reais, como por exemplo, Hupert Lyautey, militar francês que ganhou destaque nas guerras coloniais e se tornou o primeiro residente geral do Protetorado Francês no Marrocos de 1912 a 1925. Raymond Poincaré, Wilhelm II, o almirante von Tirpitz e o chefe do estado-Maior, o general Helmuth Moltke, também são mencionados ou aparecem durante a narrativa.

As etnias berberes Hoggar ou Ahaggar e Ajjer que aparecem na narrativa também são reais. Ambas faziam parte da cultura berbere ao lado de outras inúmeras tribos que formavam os povos do deserto durante o período colonial. Povos que tinham em sua cultura o nomadismo, a criação de animais e o controle dos seus territórios, cobrando um valor considerável para que mercadores pudessem cruzar suas rotas em segurança livre dos muitos saqueadores que haviam por todo o Magreb. Já a etnia dos Djalebh à qual pertence os personagens Namira Dhue Baysan e Umar Yasin foi criada por mim, Sergio, bem como seus costumes e tradições como por exemplo, o símbolo da vida. Os mercenários mencionados no livro como Mahjad também fictícios.

Graças à tecnologia e as ferramentas do Google, eu pude viajar pelas ruas de Tânger, mapear o Magreb de hoje, medir as distâncias entre um ponto e outro e compará-las com alguns documentos iconográficos e principalmente com os incríveis mapas históricos da coleção de David Rumsey. É impressionante o acervo que eles possuem. Agradeço em especial algumas pessoas que conheceram o Marrocos e pacientemente me ajudaram na reconstrução de uma Tânger do início do século passado tão cheia de mistérios e encantos. As rotas comerciais descritas no livro são reais. As grutas de bahr alkharab, Madhia e a região descrita no livro como Areia de Fogo, são fictícias. São lugares que eu criei para trazer mais dramaticidade a história. As cidades e vilarejos por onde Ben Young e Umar Yasin passam durante a jornada pelo deserto são verdadeiras. Procurei respeitar ao máximo a geografia e o clima desértico com o intuito de conduzir e levar o leitor a uma verdadeira imersão repleta de sensações e sentimentos.

Embora a sede do protetorado francês no Marrocos fosse em Rabaz, eu escolhi a cidade de Tânger como pano de fundo pelo fato de que, além da sua importante posição estratégica junto ao estreito de Gibraltar, na época, a cidade marroquina era considerada como uma zona neutra, servindo perfeitamente de palco para o encontro fictício que ocorre entre as delegações alemã e francesa.

Os dirigíveis ocupam um papel importante na narrativa. De fato, Em oito de setembro de 1915, Londres foi bombardeada por um grande Zepelim. No livro, procurei descrevê-los como naus imponentes e ameaçadoras, cuja tecnologia transcende o seu tempo - homenagem explícita aos romances de Júlio Verne. Estes verdadeiros colossos aéreos formam uma poderosa frota, comparada às grandes frotas navais da época.

A presença dos Fledermaus, soldados alemães que dispõem de um equipamento formado por um motor compacto acoplado em seu traje e que lhes permite alçar voo, também é uma criação minha. Outra homenagem, desta vez ao herói dos quadrinhos dos anos 80, “Rocketeer”, criado por Dave Stevens.

O termo Soldat des afrikanischen Regimentskorps foi um nome que eu criei para o grupamento comandado pelo general Klotz von Rosnestock. Baseei-me nos famosos Afrika Korps, que foram liderados pelo famoso general alemão Rommel durante a Segunda Grande Guerra no Norte da África. Durante a narrativa, também faço uma homenagem aos aliados que lutaram na Segunda Guerra no Norte da África combatendo os Korps: o famoso Esquadrão de Longo Alcançe do Deserto, também chamados de ratos do deserto e escorpiões do deserto. Durante a narrativa, além de Olho de Gibraltar, alguns personagens se referem à Ben Young como rato do deserto.

Namira Dhue Baysan foi claramente inspirada em Mata Hari, a exuberante dançarina e mais célebre das agentes duplas da história - daí a femenagem. Sua fama nos salões de Paris no início da Grande Guerra a transformou na mais cobiçada das mulheres, tornando-se cortesã de luxo e atuando como espiã para os franceses e alemães. Além dela, outras figuras reais ajudaram a construir a personagem, como por exemplo as espiãs Noor Inayat Khan, conhecida como a Princesa Espiã, Josephine Baker, a Vênus Negra e Mathilde Carré.

Embora, em minha história, eu culpe a Alemanha pelo início do grande conflito que viria em seguida, acho prudente pensarmos que no palco sangrento da época, não havia de fato inocentes.. Compreender o contexto em que tais decisões e acontecimentos ocorreram é algo imprescindivel. Porém, é fato que muitas das decisões tomada por Whilhelmm II, o Kaiser, serviram como mola propulsora para um acontecimento que tinha tudo para ser evitado.

Nota Histórica

A unificação da Alemanha, orquestrada pelo chanceler de Ferro Otto von Bismarck, possibilitou que o país ocupasse uma importante posição entre as Grandes Potências. Contudo, seu ingresso tardio no que tange à expansão imperialista pode ser visto como a primeira centelha que impulsionou a Alemanha a entrar no grande conflito de 1914. Centelha esta que, na minha opinião, se refletiu diretamente em Whilhelm II, cujo ego carregava a dor decorrente da percepção de uma inferioridade. Inferioridade demonstrada pela disputa pelo reconhecimento por parte da sua avó matriarcal. Disputa que se tornou o alimento para um ódio e repúdio dos seus primos ingleses e que acabou se confundindo e se fundindo à sua política incoerente que, ora tentava uma aproximação com a Inglaterra através de jogadas ardilosas, ora buscava enfraquecer as suas relações com seus aliados França e Rússia, ironicamente tornando-as ainda mais fortes. Se com Bismarck, após a sua unificação a Alemanha teve um período regido por uma paz diplomática capaz de manter seus inimigos, França e Rússia, isolados, com Whilhelm II tal diplomacia é substituída pelo anseio do poder, reflexo também dos anseios de homens poderosos ao seu redor. Fortalece-se um nacionalismo a favor da guerra como resultado das humilhações sentidas em relação à expansão colonial e às crises no Marrocos que, somada à Guerra Franco-Prussiana, o conflito balcânico e ao assassinato em Saravejo, serviram de pilar empurrando o mundo em direção ao grande conflito mundial. Um nacionalismo que acabou se voltando contra o próprio Kaiser, exigindo deste a reação digna de um líder que no fundo, não o era. Com o assassinato em Saravejo, vemos a Alemanha vendo-se obrigada a honrar com a sua antiga aliança com a Áustria-Hungria, posicionando-se finalmente em meio a este imenso tabuleiro sangrento.


Sobre Sergio P Rossoni

Bacharel em história, escritor, psicanalista e ilustrador. Sergio nasceu em São Paulo em 1967. Começou sua carreira como escritor em 2013 com “Birman Flint e o Mistério da Pérola Negra” lançado pela Chiado Editora. Em 2021, seu romance “Birman Flint – A Maldição do Czar” (Avec Editora) foi finalista do Prêmio AEILIJ (Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Juvenil) e vencedor dos prêmios ABERST como melhor narrativa longa de suspense e Prêmio Minuano como melhor romance juvenil.

O Olho de Gibraltar é o seu terceiro trabalho e sua estreia como escritor de romance histórico-policial.

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Sobre a AVEC Editora

AVEC EDITORA foi criada em 2014 para trazer o melhor da literatura, principalmente da literatura fantástica, para seus leitores.

“Não queremos apenas editar livros, desejamos estar próximo dos leitores e dos autores. Descobrir novos talentos da literatura e também trazer o que há de melhor no mundo. Compartilhar emoções e ser uma peça do imenso quebra-cabeças da vida de todos.”

Artur Vecchi, editor e publisher, da AVEC Editora



O olho de Gibraltar

Autor: Sergio P Rossoni

Pubisher: Artur Vechi

Editor: Duda Falcão

Assistente editorial do autor: Heidi Strecker

Capa: Bruno Romão

Projeto gráfico e editoração: Bruno Romão

Páginas: 446

Preço: R$99,00

Após os sucessos dos livros young adult Birman Flint e o Mistério da pérola negra e Birman Flint – A Maldição do Czar, o premiado escritor e historiador

Sergio P. Rossoni

lança seu terceiro livro, desta vez um romance histórico-policial: O Olho de Gibraltar


Com vertentes do gênero fantasia que o aproximou dos leitores em suas primeiras obras e lhe deu os prêmios ABERST e Minuano, Rossoni oferece ao leitor trama de tirar o fôlego do início ao fim com referências extraídas dos filmes, dos quadrinhos e das graphic novels, sempre com apelo vintage


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