Deve-se
celebrar com ênfase o Dia da Indústria, 25 de maio, porque o Brasil, ao
longo de sua história, principalmente a partir da década de 50,
construiu um parque fabril amplo e diversificado, que deu suporte a um
aumento acelerado do PIB até os anos 80. Porém, a partir da chamada
“década perdida”, o País sofreu aguda eclosão inflacionária, com
recessão. Em 1994, o Plano Real foi uma obra-prima em termos de controle
inflacionário, mas incompleta, pois não proporcionou vigoroso
crescimento sustentado e sustentável. Cabe ressalvar as sucessivas
crises globais que afetaram a economia nacional.
É
preocupante constatar que, nos últimos 30 anos, o Brasil vem perdendo
posições no contexto mundial da indústria, que, no plano interno, também
reduziu sua participação no PIB. O problema é grave, pois está mais do
que provado que, sem manufatura forte, inovadora, geradora de empregos
de qualidade e criadora de externalidades profundas em toda a economia,
não há desenvolvimento pleno, que não pode ser provido apenas pelos
serviços, agronegócio e comércio, por mais eficientes que sejam.
O
País precisa crescer pelo menos entre 3% e 4% ao ano, o mínimo para que
a renda média da população seja equivalente à existente hoje em
Portugal. No âmbito desse objetivo, a Abit apoia a Nova Indústria Brasil
(NIB), lançada pelo governo. Entretanto, todo plano precisa de uma
execução eficaz. Por isso, a entidade está alinhada com a CNI e outras
instituições, buscando contribuir para o êxito do programa.
Para
o Brasil crescer de modo mais substantivo é premente aumentar muito a
taxa de investimentos, atualmente em torno de 16% do PIB, ante o mínimo
razoável de 25%. Para que isso seja viável, é preciso ter confiança no
futuro, de que as reformas necessárias continuarão sendo feitas e de que
não teremos um desequilíbrio das contas públicas que leve a uma crise
fiscal.
A
Abit, que representa um dos setores mais importantes da economia
brasileira e um dos maiores parques empresariais do gênero em todo o
mundo, está confiante de que, se forem adotadas as medidas corretas, a
indústria nacional poderá retomar sua trajetória de crescimento,
inovação e geração de investimentos e empregos de qualidade. Para isso,
será impreterível atacar frontalmente o "Custo Brasil" e a perda de
competitividade sistêmica do País.
Também
não se pode permitir que medidas como a isenção do Imposto de
Importação para compras de até 50 dólares nas plataformas internacionais
de e-commerce, adotada a partir de agosto de 2023, minem a
credibilidade de que se pode confiar no advento de um ciclo duradouro de
robusto crescimento. Cabe oferecer condições de isonomia tributária e
concorrenciais à indústria, para que ela possa alavancar a expansão
econômica. São necessárias visão de futuro e segurança jurídica. O
setor, como sempre fez, responderá de modo muito rápido à melhoria do
ambiente de negócios.
Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit)
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