MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Câncer de pele é o mais incidente em todas as regiões do país, exceto no Nordeste

 


Na região, o câncer de mama é o que possui maior número de diagnósticos

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Reportagem: Gabriel Mileno

Edição: Graziela França

Com maior incidência em quatro regiões, o câncer de pele não melanoma é o mais comum de norte a sul do Brasil, com exceção dos estados da região Nordeste. 

Os dados do DataSus, analisados pela Agência Tatu, revelam que enquanto houve 5.128 casos de câncer de pele não melanoma na região entre janeiro e setembro de 2023, 8.513 casos de câncer de mama foram registrados no mesmo período, ou seja, a incidência é 66% maior que do tipo mais comum de neoplasia maligna registrada nas demais regiões do país. 

As regiões Sudeste e Sul dominam os índices de incidência de outras neoplasias malignas da pele, doença também conhecida como câncer de pele não melanoma, com 18.827 e 13.574 casos diagnosticados. Em seguida, o Nordeste aparece com mais de 5 mil diagnósticos. Foram 2.064 casos no Centro-Oeste e 1.475 na região Norte.

No Nordeste, o câncer de mama possui a maior incidência entre as neoplasias, com 8.513 casos diagnosticados. Enquanto foram 12.806 casos no Sudeste, 6.712 no Sul, 1.869 no Centro-Oeste e 1.153 na região Norte.

41 mil casos de outras neoplasias malignas da pele e 31 mil diagnósticos de neoplasias malignas de mama já foram registrados no Brasil em 2023.

Diferenças entre tipos de câncer de pele

Seguindo as classificações da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), há duas categorias de câncer de pele, sendo C43 - Melanoma maligno da pele e C44 - Outras neoplasias malignas da pele. 

O câncer de pele C43 abrange apenas o melanoma, menos comum, mas com pior prognóstico e alto índice de mortalidade, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Visualmente, assemelha-se a uma pinta que pode mudar em cor, formato ou tamanho, sendo crucial a detecção precoce.

Os melanomas geralmente são maiores em diâmetro, mas podem ser menores quando detectados pela primeira vez. Foto: The Skin Cancer Foundation

Na categoria C44, que inclui carcinoma basocelular (CBC) e espinocelular (CEC), o CBC é o mais prevalente, apresentando baixa letalidade e alto potencial de cura. O CEC, segundo mais comum, associado à exposição solar, tem aparência de feridas espessas, descamativas e avermelhadas.

Carcinoma basocelular (CBC) apresentando-se como um tumor rosa. Foto: The Cancer Skin Foundation

Carcinoma espinocelular ou Carcinoma de Células Escamosas (CEC). Uma ferida aberta que sangra ou forma crostas e persiste por semanas. Foto: The Skin Cancer Foundation

A médica dermatologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Rita Concília, reforça o diagnóstico precoce em favor do tratamento. “O melanoma, sendo agressivo, exige diagnóstico precoce. Lesões enegrecidas irregulares devem ser prontamente apresentadas ao dermatologista para avaliação”, explica a médica dermatologista.

Comparação regional

Analisando as taxas populacionais de diagnósticos para câncer de pele não melanoma, a região Sul tem 45 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida, o Sudeste com 22, Centro-Oeste com 12, Nordeste com 9 e o Norte com 8 casos, a cada 100 mil habitantes.

O câncer de mama apresenta um perfil distinto nas diferentes regiões do Brasil. No Sul, 22 em cada 100 mil habitantes recebem esse diagnóstico, seguido pelo Sudeste e Nordeste com 15, Centro-Oeste com 11 e o Norte com 6 casos por 100 mil habitantes.

Prevenção, tratamento e diagnóstico do câncer de pele

Para a dermatologista Rita Concília, a prevenção é fundamental e inclui o uso de proteção solar, chapéus, bonés, guarda-chuvas e roupas de proteção ultravioleta. Evitar o bronzeamento e a exposição solar desprotegida entre 10h e 15h é recomendado, assim como não deve-se esquecer de aplicar em áreas frequentemente negligenciadas, como orelhas, couro cabeludo, braços, mãos e pés.

“A triagem para câncer de pele é universal, focando em lesões de crescimento rápido, sangramento, não cicatrização e presença de várias cores. Qualquer aspecto irregular merece avaliação imediata do dermatologista”, relata a médica.

Após o diagnóstico, o médico especialista deve encaminhar o paciente para o tratamento, que segundo a SBD, modalidades cirúrgicas, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e as medicações orais e tópicas são opções de tratamentos.

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