A
Bienal de Arte Digital – a ser realizada no fim do ano, no Rio de
Janeiro, inicia 2022 promovendo projeto que reúne expressões artísticas e
ações de formação para jovens artistas natos digitais ou não de
comunidades carioca: o Comunidade UX.
Trata-se de uma plataforma de cooperação, informação e formação sobre
arte digital, que culmina com a exposição dos trabalhos criados por seus
participantes e seus formadores e curadores de maioria pretes, que são
artistas com trajetórias já reconhecidas. De 23 de fevereiro até o mês de abril, a Galeria 3 do Centro Cultural Oi Futuro será ocupada pelo Comunidade UX em suas diferentes etapas.
“A
ideia de projetos como o Comunidade UX, por parte da Bienal de Arte
Digital, é demonstrar que temos, em nossa potência cultural de bases
muito sólidas (raízes), a plena condição de protagonismo nas agendas
sociotécnicas globais, ou seja, no digital geopolítico. Nossa forma e
condição de absorver, refletir, projetar, ressignificar, produzir e
fruir ciência e tecnologias através da arte é um papel exclusivamente
nosso enquanto comunidade. E por isso ‘UX’, de usuários experientes.
Estamos e somos uma sociedade pós-digital do UX em evidência, uma
‘sociedade do usuário’. A potência de novas gerações periféricas não
emerge, ela já está lá. O olhar hegemônico das apropriações é que se
demonstra desatento”, avalia Tadeus Mucelli, curador e organizador da Bienal.
O
Comunidade UX é um espaço para experimentações artísticas digitais e
aberto a expressões variadas como animações, design, games, filmes,
netart, arte digital, crypto art, apresentações e performances digitais,
dados, informação e cidadania digital. O projeto se divide em dois
módulos de ação. O primeiro visa a promover um diálogo entre os desejos e
as necessidades das comunidades cariocas em relação à arte e à cultura
digital como movimento de ponta artístico e cultural. A proposta é
ampliar o conhecimento de ferramentas e ajudar na formação artística
local através de uma plataforma digital e de uma tutoria presencial –
quando possível – e online, com o registro das formações
disponibilizadas para futuras outras formações. Para isso, serão
oferecidos workshops, palestras e rodas de conversa em temas como Arte
Digital/Cultura Digital; Decolonialismo Digital; Afrofuturismo;
Sociedade Pós Digital; Cidadania e Direitos Digitais / Web 3.0 e
Blockchain / CryptoArt.
O
segundo módulo contempla a exibição dos trabalhos integrantes da
exposição digital em um framework construído como um cenário digital
informacional. Inicialmente, serão apresentadas obras de autoria dos
formadores e curadores das ações de formação. Ao longo do processo, até
abril, serão substituídas pelas criações dos participantes. Além da
galeria no Oi Futuro, irão integrar um circuito online de arte digital,
através de uma plataforma digital criada especialmente para reunir
artistas das comunidades cariocas, de outros locais do Brasil.
Como
parceiro estruturante, o Comunidade UX conta com a LabSonica,
laboratório de experimentação artística do Oi Futuro, onde serão
realizados os workshops sobre arte, ciência e tecnologia. O objetivo do
Comunidade UX é possibilitar a produção de trabalhos de arte digital de
artistas descentralizados, residentes de periferias, das regiões
metropolitanas e que
estão à margem dos grandes circuitos da arte e foram afetados
sensivelmente pela pandemia. Seus participantes, acima de 18 anos, não
precisam ser artistas natos digitais, mas preferencialmente com
conhecimentos prévios sobre técnicas digitais ou artistas que estão em
um modelo híbrido com tecnologias digitais em seus trabalhos.
"É
importante frisar que artistas descentralizados, residentes de
periferias, das regiões metropolitanas, em sua maioria são pretes e,
também, formam um circuito alternativo no campo das artes, ciência e
tecnologias. Também transcendem a dinâmica de centralidade hegemônica
por fomentarem realidades sociais, revisão histórica das epistemologias,
problematizarem o universalismo abstrato, visibilizarem o epistemicídio
histórico, verbalizarem o genocídio social e o racismo estrutural. A
contribuição destes artistas híbridos no projeto Comunidade UX é uma
encruzilhada, que conflui em trocas formativas que promovem a
emancipação e visibilidade, a partir do momento em que se apresentam
como curadores, formadores, palestrantes e constroem trânsitos com
artistas em formação, que partem das mesmas vivências. Tudo isso culmina
em uma proposição para o futuro, na construção de novas realidades”,
analisa Zaika dos Santos, coordenadora das ações formativas, e
palestrante com os temas “Afrofuturismo e Afrofuturismo 2.0 - Arte,
Ciência e Tecnologia” e “Afrofuturalidades e BlackAcceleration”.
O
Comunidade UX é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Oi e SEREDE, por meio da Lei
Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS.
Para baixar imagens, clique aqui: Imagens Comunidade UX 22
OS FORMADORES E CURADORES:
Diego Cerqueira:
Engenheiro de Software, graduado em Sistemas de Informação, mestrando
em Engenharia de Sistemas e Computação (PESC/COPPE) da UFRJ. Foi
Pesquisador e Líder Técnico no ITS Rio, onde construiu inovações cívicas
como Mudamos+, LGPDJus e Pegabot. Atualmente é Especialista Web Sênior
no Ceweb.br do NIC.br, desenvolvendo projetos com foco em Inteligência
Artificial e disseminação de tecnologias web abertas.
Fausto Vanin: Agente
da transformação digital. Atua em iniciativas que usam a tecnologia
para mudar o contexto social em que vive. Possui mestrado em Informática
Aplicada pela PUC-PR e certificação em Inovação e Estratégia pelo MIT
Sloan School of Management. Em processo de doutoramento no uso de
Blockchain na área da saúde pela Universidade do Vale dos Sinos, é
cofundador da OnePercent, empresa que desenvolve soluções com a
tecnologia Blockchain. Mentor, palestrante e ativista por causas de
impacto social e ambiental na redução de desigualdades.
Felipe Nunes: Artista
visual multimídia. Transita entre o gráfico, o sonoro, o digital, a
pintura e 3D. Assinou as identidades visuais do Encontro de Cinema Negro
Zózimo BulBul de 2019; do espetáculo da Cia. Marginal “Hoje Não Saio
Daqui”; do novo site do coletivo Batekoo, além de elaborar criações para
GEGE Produções e para artistas como Marcelo Yuka e Rodrigo Maré.
Kerolayne Kemblim:
Moradora da comunidade da José Prestes, periferia do bairro Japiim 1,
em Manaus. Tem licenciatura em Artes Visuais pela UFAM e uma obra com
forte influência dos rituais de cura, de suas vivências corporais e da
necessidade de projetar um futuro de abundância. Em 2018, embarcou numa
trajetória de viagens independentes de carona por estados brasileiros,
em que pôde criar, empreender e desenvolver-se artisticamente de forma
autodidata, pensando a memória e vivência do corpo negro no presente,
por meio da rede social e de intervenções urbanas pelo Brasil. Sua obra
foi tema da exposição “Para cada vela, um pedido”, em 2018, no Amazonas
e, em 2019, no Festival de Grafite Pão e Tinta, em Pernambuco.
Participou de exposições coletivas como Enciclopédia Negra (2021) e
Residência de Arte Urbana Lambes Brasil - RJ (2020).
Lauro Gripa:
Engenheiro de Software com 10 anos de experiência. Investidor e usuário
de Ethereum desde 2016. Fundador e líder dos embaixadores da comunidade
da língua portuguesa da Polkadot e membro da Sociedade Kusama. Utiliza a
tecnologia como meio na luta por liberdade.
Lorran Dias:
Diretor, roteirista, curador e artista visual, nascido e residente da
favela da Maré, no Rio de Janeiro. É graduado em Cinema e TV pela Escola
de Comunicação Social da UFRJ. Desde 2017, trabalha em equipes de
assistentes de direção da indústria audiovisual, atualmente no Porta dos
Fundos. É diretor artístico e executivo da TV Coragem (2020) e
cofundador do coletivo Anarca Filmes (2014). Dirigiu e roteirizou filmes
como “Entre a Colônia e as Estrelas” (Goteborg Film Fund, 2021) e
“Perpétuo” (International Film Festival Rotterdam, 2019) e codirigiu e
roteirizou “Usina-Desejo Contra a Indústria do Medo” (Prêmio Especial do
Júri no Festival de Cinema de Vitória, 2021).
Lucas Lima:
Engenheiro mecânico, professor de robótica, morador do Complexo do
Alemão. Foi vencedor do Prêmio Pop da Feira de Negócios Shell Iniciativa
Jovem; top cinco da Feira de Negócios Juventude Empreendedora e um dos
15 empreendedores selecionados do Programa de Aceleração Start Ambev.
Foi homenageado com o Prêmio Parceiro dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) e pela Beygood. Foi TEDx speaker, fellow Prolíder e membro da rede de líderes da Fundação Lemann. Atualmente trabalha como CEO da Infill.
Nicole Pessoa:
Desenvolvedora Application Developer na Kyndryl. Autodidata, tem 25
anos e mora na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. Faz parte da equipe de
organização da Wakanda Streamers. Envolvida em projetos como “Rabiola” -
que transporta a experiência de soltar pipa na periferia para a
realidade virtual - e “Beat Bike” - uma bicicleta que leva som aonde
quer que vá. Fez parte da equipe Gato Mídia, projeto em que também atuou
como educadora.
Pitter Rocha -
Guitarrista, compositor, educador e pesquisador. Mestre em música pelo
UNIRIO, investiga as relações conceituais, técnicas e ficcionais do som
através da lente do afrofuturismo. Explora materiais sonoros
pré-gravados, processamento de som em tempo real, guitarra elétrica e
pedais de efeitos, dialogando com diferentes campos da música
experimental. Entre trabalhos já realizados, está a curadoria e
organização da coleção “Sonoridades Cósmicas Latino-Americanas”, com 17
artistas-cientistas de seis países que utilizam dados científicos e
artefatos espaciais na criação de suas obras.
Podeserdesligado
- Surgida como provocação partida da percepção do acesso rarefeito de
pessoas pretas à equipamentos para se produzir música no Brasil,
Podeserdesligado (1988, Rio de Janeiro, vive na zona norte de São Paulo,
Brasil) é um projeto de Live PA que reflete, através de ritmos afro
diaspóricos, narrativas pretas utilizando-se de elementos do Funk,
Electro, Break e Gabber. Pode formou-se na Escola de Belas Artes da UFRJ
onde começa a investigar sonoridades no campo majoritariamente visual
da performance. Com lançamentos em selos como Mamba Rec, Cerealmelodia e
Circa (PT), tem um trabalho que se desdobra em vários formatos:
produção de beats, Live act, trilha sonora para filmes e oficinas.
Assinou a produção musical do disco “Traquejos Pentecostais para Matar o
Senhor” com Ventura Profana, fez parte da equipe de produtores do disco
“Mozamba” de Josy Anne e recentemente lançou o disco “Especial de
Natal” ao lado de Nãovenhasemrosto.
Thais Alvarenga
- Fotógrafa documentarista da favela da Vila Kennedy, no RJ. Seu
trabalho é voltado para o registro imagético de relações cotidianas na
periferia, sobretudo na Zona Oeste carioca. Graduada em Comunicação
Social pela Universidade Castelo Branco, tem formação pela Escola de
Fotógrafos Populares do Imagens do Povo/UFRJ, entre outros cursos. Entre
2013 e 2021, teve obras expostas no MAM-Rio de Janeiro, na Biblioteca
Parque Rocinha, na Galeria 535 do Observatório de Favelas, no Galpão
Bela Maré, entre outros espaços.
Vítor Del Rey:
Presidente do GUETTO: Gestão Urbana de Empreendedorismo, Trabalho e
Tecnologia Organizada, detentor da Escola da Ponte, do Kilombu e do Hub A
Ponte Para Pretxs. Cientista Social pela FGV, onde ocupa o cargo de
Consultor no Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas
Educacionais. É Mestre em Administração Pública pela EBAPE/FGV; é alumni no
MIT-EUA; e MBA em Investimento de Impacto pela Universidad Torcuato Di
Tella, Argentina. É ativista político dos direitos civis da pessoa negra
e membro da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil.
Vitor Milagres:
Artista de Niterói, RJ. Sua atuação profissional inclui música e artes
visuais. Desde a adolescência, adquiriu experiência com produção musical
e gravações. Em 2017, cocriou o projeto ROSABEGE, um grupo de artistas
multimídia que hoje reúne performances por todo o Brasil. Em 2020,
iniciou seus estudos em Modelagem e Animação 3D e desenvolveu e
participou de iniciativas como a 1ª Semana Imersiva de Moda da América
Latina.
Zadô -
Artista multimídia trans não binárie (Ele/Elu). Zadô transita entre as
artes visuais e a dança. Já fez parte do Coletivo O Somos e tem formação
em ilustração, fotografia, audiovisual, artes cênicas, danças urbanas e
dança contemporânea. É habilitade em fotografia pela Escola Guignard -
UEMG e trabalha majoritariamente com questões relacionadas ao corpo e
suas provocações, como a performance mesclada ao desenho e a
expressividade corporal nos campos visuais. Sua pesquisa em arte passa
pela ideia de corpos performativos, principalmente dentro da ilustração,
da fotografia e do vídeo. Já realizou exposições individuais e
coletivas no Brasil e na Argentina. Também trabalha como tatuadore e
ilustradore sob o pseudônimo "LADOLIXO" e "GUAXINIM tatu".
Zaika dos Santos: Natural
de Belo Horizonte, é multiartista, pesquisadora e cientista/divulgadora
científica do Afrofuturismo, African Futurism, Afropresentismo, NFT e
Ciência de Dados. Cunhou o conceito de “Afrofuturalidades” em sua
pesquisa acadêmica “Afrofuturismo: Arte, Ciência, Tecnologia e Inovação
Africana e Afrodescendente – Processos Pedagógicos em STEM - Mancala
Lab”, registrada no Sistema Único de Saúde e que tem sido modelo na
discussão de futuralidades negras brasileiras. É Tecnóloga em
Audiovisual, em Rádio e TV, em WebDesign; Licenciada em Artes Plásticas
na Guignard – Universidade Estado de Minas Gerais - habilitada em
Serigrafia e Fotografia e especialista em Ciência de Dados pela Digital
House.
Fundadora
das iniciativas científica/educacional Afrofuturismo: Arte e STEM, do
coletivo artístico e educacional Saltosoundsystem, da iniciativa de
multiartes Nok é Nagô, do projeto de cartografias fotográficas e
performance Melanina Urbe e da curadoria coletiva Crypto Art Brazil.
Coordenadora geral da Black Speculative Arts Movement - Brasil.
Artista
multimídia com atuação em artes visuais, artes digitais e artes
plásticas em diversas mostras, entre elas, Festival Internacional de
Risografia - Artista residente no Faisca Lab (2020), Festival da
Diversidade: Diversicon - Performance Transmidiática "Camadas.csv"
(2021) - Brasil, Afrofuturism Festival - Carnegie Hall (2022 - EUA),
entre outras. Por sua atuação no cenário independente da música
eletrônica, possui dois álbuns independentes: o disco de Rap “Desabafo”
(2013) e o álbum de música eletrônica “Akofena” (2019), em parceria com o
engenheiro de áudio Dubalizer. É pesquisadora afiliada à ABPN
(Associação Brasileira de Pesquisadores Negros); cientista filiada ao
500 Women Scientists e curadora da II Bienal Black Brasil Art - 2022 e
da Curating the End of the World - Dark Winter – Black Speculative Arts
Movement no Festival no New York Live Arts 2022.
BIENAL DE ARTE DIGITAL:
Realizada
em 2018 no Rio e em Belo Horizonte, a Bienal de Arte Digital foi
promovida pelo Festival de Arte Digital (FAD), com patrocínio da Oi e
apoio cultural do Oi Futuro. A programação contou com artistas do
Brasil, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Itália, México e Reino
Unido, apresentando exposições, performances e simpósios com o tema
“linguagens híbridas”. A proposta da Bienal é se tornar uma agenda
nacional de arte digital e mostrar a cada dois anos obras e exposições
que reflitam temas sociais importantes, evidenciando que a arte
possibilita à tecnologia exibir suas experiências sociais.
O
FAD é um projeto sobre a exploração inventiva de novas tecnologias no
campo da arte, ciência e tecnologia. Um dos eixos do projeto é a
exibição de instalações de performances e apresentações diversas
privilegiando a arte digital (produzida por máquinas, softwares e
programação). A formação de jovens criadores é outro objetivo do FAD,
com o trabalho de mediação, oficinas do programa educativo nas
exposições, além de palestras ministradas por artistas, profissionais de
mercado acadêmicos e demais envolvidos nos campos de ciência e
tecnologia, com nomes regionais, nacionais e internacionais.
Desde
2007, o FAD espalhou os temas da Arte através de Novas Tecnologias em
quatro pilares de ação em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro em
oficinas, palestras, apresentações, exposições de arte e intercâmbio com
muitos profissionais pelo mundo, publicações, pesquisas e prêmios
nacionais.
Oi FUTURO
O
Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi, atua como um
laboratório para cocriação de projetos transformadores nas áreas de
Educação e Cultura. Por meio de iniciativas e parcerias em todo o
Brasil, estimulamos o potencial dos indivíduos e das redes para a
construção de um presente com mais inclusão e diversidade. Há 15 anos, o
Oi Futuro mantém um centro cultural no Rio de Janeiro, com uma
programação que valoriza a convergência entre arte contemporânea e
tecnologia. O espaço também abriga o Musehum – Museu das Comunicações e
Humanidades, com acervo de mais 130 mil peças. Há 18 anos o Oi Futuro
gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que
seleciona projetos em todas as regiões do país por meio de edital
público. Desde 2003, foram mais de 2.500 projetos culturais apoiados
pelo Oi Futuro, que beneficiaram milhões de espectadores.
SERVIÇO:
Comunidade UX
Exposição: 24 de fevereiro a 03 de abril
Quarta a domingo das 11h às 18h
Galeria 3 - Oi Futuro
Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo
Não é necessário agendamento
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