Se a pandemia do novo coronavírus mudou a rotina do mundo, agora,
impacta diretamente numa das festas mais tradicionais do Rio de Janeiro:
o réveillon na Praia de Copacabana. A prefeitura informou neste sábado
que a comemoração, no modelo em que o público está acostumado a
celebrar, não será possível para celebrar a chegada de 2021. O
comunicado do município ressalta que é possível festejar para além da
reunião de 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana, cartão postal de
importância para a data. A ideia, a ser debatida nos próximos dias, é
de apresentar os formatos possíveis dentro de um formato virtual, com
transmissão por TV e plataforma digitais. Mesmo num novo formato, a
parceria com a iniciativa privada seria necessária para a realização do
espetáculo, segundo a Riotur informou em nota. A organização, de acordo
com a pasta, ainda é possível de ser feita pois os preparativos e
estudos têm sempre início em agosto. Sendo assim, estaria dentro do
cronograma esperado.
Na semana passada, no dia 17, a prefeitura de São
Paulo anunciou o cancelamento de sua também tradicional celebração da
virada de ano na Avenida Paulista. A mudança no calendário também foi
motivada pela pandemia da Covid-19. Na última festa de réveillon, as
areias de Copacabana ficaram tomadas por mais de 3 milhões de pessoas. A
tradicional queima de fogo, com programação de shows durante toda a
noite do dia 31 de dezembro, é um dos principais cartões postais do
Brasil para a data, sendo a maior festa do país. No ano passado, a taxa
média de ocupação na cidade bateu 93% no réveillon, contra 90% em 2018.
Copacabana e Leme foram os bairros mais procurados, com 95% dos quartos
reservados. Na noite da virada, hotéis de várias regiões apresentaram
taxa de 100% de ocupação. A maior procedência foi de turistas nacionais:
81%, sendo o Estado de São Paulo responsável por quase um terço deste
total (29,6%). Há um mês, a prefeitura já sinalizava buscar por formas
alternativas de celebrar a chegada do novo ano sem programações para
levar milhões de cariocas e turistas para as ruas. A transmissão de
shows pela internet era cogitado. A expectativa era de queda no número
de casos de infecção pela Covid-19 e um controle ao ponto de evitar uma
nova onda de contágio. (Extra)

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