MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 25 de julho de 2020

Fábio Faria nega queda de braço com Ramos : “Querem fazer intriga com ele, mas não vão conseguir”


Faria disse ter assumido o papel de apaziguar conflitos com Legislativo
Daniel Weterman
Estadão
No momento em que o Palácio do Planalto tenta reorganizar sua articulação política no Congresso, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse ter assumido o papel de apaziguar conflitos na relação com o Legislativo, mesmo se for preciso “lavar roupa suja”.
Em entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, Faria negou a existência de uma queda de braço entre ele e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, a quem cabe comandar as negociações com o Congresso, e disse não entrar na seara do general.
INTRIGA – “Ele (Ramos) tem conversado comigo diariamente. Querem fazer até minha intriga com ele, mas não vão conseguir, porque todo dia eu falo com ele às sete horas da manhã. E a gente já desmonta isso”, afirmou Faria. A entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues vai ao ar neste domingo, dia 26.
Como o Estadão publicou, o governo vai reorganizar sua articulação no Congresso após a derrota na votação da proposta de emenda à Constituição que transformou o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em programa permanente. O revés sofrido na Câmara foi debitado na conta do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Com bom trânsito no Congresso, Faria promoveu recentemente um encontro entre Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já que havia um estresse na relação entre os dois. Escolhido para o ministério após quatro mandatos de deputado federal, o titular das Comunicações negou que esteja exercendo o papel que cabe a Ramos, de negociar a votação de projetos e emendas parlamentares, mas admitiu ter entrado em campo para consertar pontes rachadas, como entre Guedes e Maia.
“ROUPA SUJA” – Foi nesse momento que ele classificou o seu trabalho como o de “lavar roupa suja”. “Eu não entro na articulação política. Por quê? A articulação política é o seguinte: vamos votar aqui o projeto tal. Aí negocia emenda, destaque, vê quem vai ser o relator. Isso é um trabalho da articulação política. O meu trabalho é quando eu vejo: ‘Fernando está chateado com Fábio’. Eu sou amigo do Fernando e vou promover ali um encontro dos dois para fazerem uma DR (sigla usada para se referir a “discutir a relação”), lavar roupa suja e pronto”, argumentou.
E concluiu: “Esse é o meu papel! Um papel de apaziguar relação. Não entro na seara exclusiva de articulação política. Isso aí é outra forçação de intriga que é normal no governo, comum. Mas não cairemos nisso”.

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