Tudo indica que a eleição de Bolsonaro, que significou a aprovação da
promessa de reforço da legítima defesa e do direito de se armar para
proteger a vida e a propriedade, tenha sido importante para dissuadir os
potenciais assassinos. Artigo de Alexandre Garcia, via Gazeta do Povo:
O número de homicídios no Brasil está despencando à razão inédita no
mundo de 24% neste ano. Em países que fazem campanhas para reduzir o
número de assassinatos, uma diminuição de 2% ao ano é considerada
exitosa.
No ano passado, até 30 de setembro, havia 39.527 assassinatos; neste
ano, até 30 de setembro, o número trágico caiu para 30.864. Em setembro
do ano passado, houve 136 assassinatos por dia; em setembro deste ano,
110 por dia. A redução foi ainda maior no Ceará, Rio Grande do Norte e
Acre, chegando a 30%.
Se o último dado revela 110 mortes por dia, já é bem menos que a
média de 175 homicídios/dia em 2017. Já começou a diminuir no governo de
Michel Temer, que fora Secretário de Segurança de São Paulo e aplicou
sua experiência quando assumiu a Presidência da República.
Para que se tenha ideia da matança brasileira, vamos comparar números
com um período muito falado: no livro Dos Filhos deste Solo, do petista
Nilmário Miranda, Secretário de Direitos Humanos de Lula, está
registrado que durante os 20 anos de governo militar, os confrontos
entre governo e grupos armados, resultaram em 424 mortos ou
desaparecidos, o que dá a média de 21 por ano – ou o equivalente a dois
dias e meio dos homicídios de 2017. Estamos, portanto, nos matando a uma
razão três mil vezes maior que numa luta política interna.
A redução dos homicídios ainda vai ter muitas explicações, porque o
Congresso ainda não fez o óbvio, que é aprovar, ou até reforçar, a
proposta do ministro Sergio Moro, conhecida como pacote anticrime. Tudo
indica que a eleição de Bolsonaro, que significou a aprovação da
promessa de reforço da legítima defesa e do direito de se armar para
proteger a vida e a propriedade, tenha sido importante para dissuadir os
potenciais assassinos.
Um exemplo prático desse poder de dissuasão: em 31 de março de 1964, o
prefeito de Encantado (RS), Adilar Bertuol, me chamou, entre outros
voluntários, para defender a prefeitura, que seria atacada pelo Grupo
dos Onze, de Leonel Brizola. Ao perceberem que a prefeitura seria
defendida, mudaram o alvo e atacaram a tiros o padre Ernesto Alitti, o
vigário que pregava no púlpito dominical a derrubada do Presidente
Goulart, como prevenção contra um regime semelhante ao de Cuba. O padre
não estava armado; os defensores da prefeitura estavam. É assim que
funciona o poder dissuasório da arma.
A outra questão é a força da lei e o prestígio que o governante
confere aos policiais. Neste ano, governadores e prefeitos passaram a
prestar honrarias a policiais mortos e aos autores de atos de bravura. E
o presidente da República acaba de propor aos legisladores uma lei que
dá mais segurança aos policiais que, em defesa própria ou de outrem, não
precisam esperar que o bandido atire primeiro.
Imagino um atacante se preparando para jogar uma garrafa de gasolina
em chamas pela janela de um ônibus cheio. O agente da lei vai ter que
esperar que o coquetel molotov seja arremessado, ou vai atirar para
impedir a consumação do crime? Está nas mãos dos nossos representantes
salvar vidas e a lei.
BLOG ORLANDO TAMBOSI

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