MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Bahia foi o quarto estado com o maior número de indenizados pelo DPVAT


De acordo com a Seguradora Líder, administradora do seguro DPVAT, mais de 391 mil acidentes fatais ocorreram no país e foram indenizados pelo seguro obrigatório na última década

Tribuna da Bahia, Salvador
25/11/2019 13:28 | Atualizado há 21 horas e 36 minutos
   
Foto: Reginaldo Ipê / Tribuna da Bahia

Por: Yuri Abreu

A partir do dia 1º de janeiro de 2020, àquelas pessoas que por ventura venham a sofrer algum tipo de acidente de trânsito não poderão mais ter acesso ao seguro DPVAT. A medida foi tomada pelo atual Governo Federal sob a justificativa de evitar fraudes e amenizar os custos de supervisão e regulação do seguro por parte do setor público.
Contudo, a decisão foi criticada por diversos órgãos de trânsito que ressaltam a importância do benefício no tratamento daqueles que passaram por algum acidente ou dos familiares que perderam algum ente querido. De acordo com a Seguradora Líder, administradora do seguro DPVAT, mais de 391 mil acidentes fatais ocorreram no país e foram indenizados pelo seguro obrigatório na última década.
Dentro desse ranking, o estado da Bahia ocupa o quarto lugar, atrás dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, com 27.494 registros de acidentes fatais ocorridos e indenizados pelo seguro obrigatório, pouco mais de 7% da quantidade total. Já o estado mais rico do país teve 15% do total de situações, com 61.322 casos.
Porém, conforme a Seguradora Líder, os números totais ainda podem aumentar, uma vez que vítimas e beneficiários têm até três anos para dar entrada no seguro obrigatório. Após o fim do prazo, estima-se que mais de 398 mil indenizações terão sido pagas por morte no trânsito em todo o país. Nesse caso, em São Paulo, por exemplo, a projeção é que tenham sido pagos mais de 62.387 benefícios e mais de 28 mil na Bahia.
Já quando são analisadas as capitais, São Paulo lidera o ranking, com 12.112 acidentes fatais e indenizados pelo Seguro DPVAT na última década. O Rio de Janeiro vem em segundo lugar, com mais de 8 mil ocorrências indenizadas por morte. Na sequência, estão Fortaleza (3.339), Goiânia (3.125) e Belo Horizonte (3.004). Salvador teve, ao longo dos últimos 10 anos, 2.249 ocorrências indenizadas por morte.
O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, chama atenção para a importância de instrumentos de proteção, a exemplo do benefício, em um cenário em que milhares perdem a vida todos os anos.
“Medidas que intensificam a fiscalização, como a Lei Seca, e campanhas de conscientização da população, como o Maio Amarelo e a Semana Nacional de Trânsito, são grandes avanços na busca pela diminuição dos acidentes fatais, mas o cenário continua mostrando a importância de investir em educação para a prevenção de acidentes; na formação de condutores; e reforço da fiscalização em todos os estados do Brasil. Também é fundamental que haja mecanismos de proteção para as vítimas de acidentes, como o Seguro DPVAT, que tem caráter social e dá apoio às vítimas e seus familiares em um momento tão difícil”, explicou Fróes.
O SEGURO
De acordo com a Seguradora Líder, o DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege os mais de 210 milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa.
Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (valor de R$ 13.500), invalidez permanente (de R$ 135 a R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e suplementares (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até três anos.
Dos recursos arrecadados pelo Seguro DPVAT, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito.
Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações às vítimas. De janeiro a outubro deste ano, a parcela destinada ao SUS totalizou R$ 852,4 milhões e, para o Denatran, R$ 94,7 milhões. Nos últimos 11 anos, essa contribuição soma mais de R$ 37,1 bilhões.

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