Foto: Dida Sampaio/Estadão
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do
presidente Jair Bolsonaro, disse ontem à noite que “entende a revolta”
de seu irmão Carlos, vereador do Rio de Janeiro pelo PSC, ao criticar o
vice-presidente Hamilton Mourão. Eduardo sugeriu que Mourão fizesse uma
autorreflexão. “As declarações de Mourão vão na contramão do que o
presidente prega. O papel do vice é substituir o presidente e cumprir as
missões que o presidente dá”, afirmou, em resposta durante entrevista
na RedeTV. Ao Broadcast/Estadão, sistema de notícias em tempo real do
Grupo Estado, Eduardo já havia endossado esta semana as críticas que seu
irmão Carlos tem lançado sobre Mourão. O deputado federal, contudo,
disse ontem que esse assunto é página virada e que o momento é de focar
na reforma da Previdência. “As críticas são válidas, mas já deu”, disse.
Na entrevista, Eduardo minimizou a existência de um atrito no governo
entre olavistas e militares. Para ele, quando o filósofo Olavo de
Carvalho critica alguns militares do governo, são declarações
direcionadas ao indivíduo que é criticado e não aos militares em geral.
Se Olavo fosse contra os militares, argumentou, estaria sendo contra
também o próprio presidente, que é capitão da reserva. “O Olavo é muito
crítico, é rigoroso, às vezes fala palavrão, mas é uma referência
filosófica (para o governo). O que o Olavo falava há 20, 30 anos
aconteceu. Ele tem uma sensibilidade muito grande, vale a pena escutar o
que o Olavo fala”, disse. O deputado federal negou que esteja se
movimentando para ser candidato a prefeito de São Paulo em 2020 e disse
também que ainda não sabe se o pai dele está interessado em ser
candidato à reeleição em 2022. “Ele meio que desconversa”, disse.
Estadão Conteúdo
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