É o caso de John Lauria, com 49 anos de idade, que passou toda sua maioridade entrando e saindo da cadeia por delitos com drogas e pequenos furtos. Ele está fora da cadeia há três anos, e começou a tentar mudar de vida desde então. Em fevereiro deste ano foi contratado pela empresa Haralambos Beverage Co., na cidade de Industry, na Califórnia.
Lauria ganha hoje cerca de US$ 17 por hora, o que é um salário considerado muito bom. Ele disse que conseguiu o emprego sendo honesto com a empresa, não escondendo seu passado, e mostrando interesse por mudar de vida.
Cerca de 40 empresas de transportes de grande porte nos Estados Unidos tem recrutado ex-detendo para trabalharem como motoristas de caminhão. A American Trucking Associations (ATA) diz que hoje o país tem mais de 65 mil vagas em aberto para motoristas de caminhão, e o número cresce exponencialmente.
Os ex-detentos passam por um processo de treinamento, ainda na prisão ou logo após saírem. Os interessados em trabalharem como motoristas de caminhão precisam desembolsar até US$ 8 mil pelo treinamento, o que já demonstra grande interesse em sair da vida do crime.
Os treinamentos começam em simuladores de direção, e pouco a pouco os candidatos avançam no curso até o treinamento em rodovias, com caminhões grandes e instrutores ensinando todo o funcionamento e operação correta do veículo.
Outra transportadora grande que contrata ex-presidiários é a Knight Transportation, de Phoenix. Eles trabalham na empresa sob um forte esquema de vigilância, e são avaliados, caso a caso. A vida do candidato é levada em consideração, antes dos crimes, durante e após sair da cadeia.
Em geral a empresa contrata apenas ex-detentos que cometeram crimes mais leves, como roubo, agressão ou posse de drogas. Criminosos que cometeram crimes violentos, como assassinato ou crimes sexuais, não tem chance na empresa. É o mesmo caso da R&R Transportation, em Greensboro, Carolina do Norte.
Emprego é uma das melhores forma dos ex-presidiário não voltarem à vida de crimes. Quando não conseguem ou não querem um emprego, os ex-detentos voltam à cadeia em menos de três anos.
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