Mariana Durães
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HOJE EM DIA
Marina Durães / Hoje em Dia /
O Unidos do Barro Preto faz, neste ano, seu 9º desfile
Tradição do bloco Unidos do Barro Preto desde 2011,
os baldes de barro que os foliões utilizavam para se pintar e que
serviam também como proteção ao sol ficaram de fora da festa neste ano. A
decisão da organização foi em respeito às vítimas do rompimento da
barragem da Vale, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro. “Foi uma conversa
com a bateria e com a organização e uma decisão quase unânime de que
seria desrespeitoso e de que a associação seria inevitável. E nós não
nos sentiríamos bem nos cobrindo de lama”, disse Daniel Iglesias,
fundador e organizador do bloco.
Para Iglesias, o debate entre os conhecidos e pessoas mais próximas
seria fácil, mas o controle da repercussão fora ficaria difícil dominar.
“É uma forma de protesto também”, explica.
“Pra gente sair da lama e enfrentar os urubu” foi a frase dada ao
cortejo, realizado na manhã desta segunda-feira (4), no Barro Preto, na
região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Os foliões aprovaram. “Achei muito válido tirarem o barro porque
poderia representar a tragédia que ainda está muito presente. Como esse é
um bloco de pessoas muito antenadas, não esperava nada diferente”,
opinou o estudante William Schüffner, de 24 anos.
Mariana Durães / Hoje em Dia /
Fantasia futurista do folião Willliam
“Esse é meu bloco favorito. Vim de planta, seguindo o tema que é
manguezal. Achei justo terem suspendido o barro, dada a situação, e acho
que todo mundo entendeu”, conta a advogada Mariana Mello, de 24 anos.
Estrutura
Com o crescimento de público, o bloco precisou trocar a tradicional
kombi de apoio do som por um trio elétrico. O carro, agora, segue atrás
da bateria, apenas como ponto de apoio para os cerca de 100 músicos que
ditam o ritmo do Unidos
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