No pronunciamento que fez neste sábado no Chie, ao lado do
presidente Sebástian Piñera, no Palácio La Moneda, o presidente do
Brasil, Jair Bolsonaro, voltou a jogar a responsabilidade pela aprovação
da reforma da Previdência para os congressistas. “A responsabilidade
(para a aprovação da matéria) no momento está com o parlamento
brasileiro e eu confio na maioria dos parlamentares, porque essa não é
uma questão de governo, mas dos parlamentares.” Antes de jogar a
responsabilidade pela aprovação da medida a deputados e senadores
brasileiros, Bolsonaro destacou que seu governo está preocupado com a
reforma da Previdência. “Temos de fazer a lição de casa e queremos
aprová-la porque é o único caminho para alavancar Brasil e outros países
da América do Sul.” A declaração de Bolsonaro, ao jogar a
responsabilidade pela aprovação das mudanças nas aposentadorias para o
parlamento, é mais um elemento de tensão na crise que se instalou essa
semana entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional, com relação à
proposta de reforma previdenciária. Mais cedo, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, disse em Brasília, que Bolsonaro é quem precisa sair em
defesa da proposta e parar de falar que é contrário à medida. Maia
acredita também que o governo não pode terceirizar suas
responsabilidades e o capitão da reserva deve assumir a liderança neste
processo, sob risco de não conseguir aprovar as mudanças nas regras da
aposentadoria. Em seu rápido pronunciamento no Chile, Bolsonaro falou
também que escolheu seus ministros com competência e patriotismo e que o
Brasil e a América do Sul começam a viver “um descolamento da questão
ideológica”. Na sua avaliação, as questões ideológicas sempre falaram
“muito alto junto à mídia, universidades e escolas”. E continuou: “É um
desafio, obviamente governaremos para todos, mas estamos vencendo essa
batalha.” Bolsonaro destacou ainda o Prosul que, na sua avaliação, visa a
juntar países para, de forma ágil, buscar soluções para os problemas. O
capitão da reserva destacou ainda a área ambiental, dizendo que o
Brasil não deve nada ao mundo na questão da preservação do meio
ambiente. “Temos obrigação com meio ambiente a Amazônia não pode
continuar em risco de ser internacionalizada.”
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