Um acordo entre governo e oposição evitou a votação do
requerimento para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, à
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Os
integrantes da CCJ concordaram em adiar para 3 de abril, quarta-feira da
próxima semana, a ida do ministro como convidado, deixando de votar a
convocação. A audiência pública com juristas – dois do governo, dois da
oposição e dois independentes – para discutir a legalidade da reforma da
Previdência foi adiada para o dia seguinte, 4 de abril. O encontro
estava previsto para amanhã (27). Segundo o líder do Governo na Câmara,
deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), a data foi escolhida porque, até 3
de abril, o relator da reforma da Previdência na CCJ deverá ser
conhecido. Caso Guedes não compareça na data, o requerimento de
convocação será votado. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que o
acordo não deveria especificar a escolha do relator antes dessa data
para não indicar que o Parlamento estaria cedendo a uma “chantagem” do
ministro Paulo Guedes. O presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini
(PSL-PR), no entanto, disse que a escolha do relator é uma prerrogativa
dele e não estaria submetida ao acordo. Apesar das ressalvas de alguns
deputados da oposição, o acordo foi aprovado, e o requerimento de
convocação de Guedes não foi votado. A reunião da CCJ foi encerrada por
volta das 16h30 por causa da abertura da Ordem do Dia no plenário da
Câmara.
Agência Brasil
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