Em entrevista ao jornal O Globo, senador derrotado nas urnas nas últimas eleições não deixou claro qual seria a função ao lado do presidente eleito
Luís Filipe Veloso
O senador Magno Malta (PR-ES) confirmou nesta sexta-feira (2) que tem garantido um cargo ao lado do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) a partir de 1º de janeiro de 2019, mas não deu sinais de onde seria alocado.
“Vou ser ministro, sim […] Onde eu estiver, eu estarei perto dele. Ele vai anunciar”, cravou em entrevista ao jornal O Globo.
Malta, derrotado nas urnas nas últimas eleições, esteve na quinta-feira (1º) na casa do Bolsonaro para discutir seu futuro político.
Segundo a reportagem, o capitão da reserva tem demonstrado a interlocutores a intenção de entregar ao parlamentar as atribuições dos ministérios do Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, devido ao histórico dele à frente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia. A nova pasta seria batizada de “Ministério da Família”.
Em mais uma declaração polêmica à imprensa, o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, chamou o aliado de “camelo” e demonstrou desconforto na tentativa de encontrar uma vaga para Magno Malta no governo.
“Olha, eu não vi nada para o Magno Malta. Eu acho que ainda estão discutindo. Tem que resolver esse caso. É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, e tem que arrumar um deserto para esse camelo”, concluiu o militar.
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