MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Crise com o Egito apressa a indicação do novo ministro das Relações Exteriores


José Carlos Werneck
A tensão diplomática com o Egito, depois que foi anunciada a mudança de embaixada em Israel, apressou a definição da escolha do futuro chanceler do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro. A crise entre Jair Bolsonaro e o Egito, com a notícia da transferência da embaixada brasileira em
Israel, de Tel-Aviv para Jerusalém, está sendo decisiva para a escolha do novo titular do Ministério das Relações Exteriores. Agora só é cogitado o nome do embaixador José Alfredo Graça Lima.
COMÉRCIO EXTERIOR – Possuidor de larga experiência em comércio exterior, ele passou vários anos esquecido nos dois governos do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva , quando o Chanceler era Celso Amorim.
Graça Lima era uma pessoa muito próxima do falecido embaixador Luiz Felipe Lampreia, chanceler do governo Fernando Henrique Cardoso, e passou longos períodos anos chefiando os consulados de Nova York e Los Angeles, função tida como secundária no Itamaraty, e depois se aposentou da carreira diplomática em 2016.
Sua nomeação é considerada como uma indicação do grupo do general Augusto Heleno, futuro ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional .
O governo de transição se esforça para pacificar os ânimos no cenário internacional depois da decisão de última hora do Egito cancelando a viagem do chanceler Aloysio Nunes Ferreira ao país, decisão interpretada como uma retaliação aos planos de Jair Bolsonaro de transferir para Jerusalém a sede da embaixada do Brasil em Israel.
Some-se a isso o fato de que Bolsonaro se envolveu em controvérsias a respeito das relações diplomáticas do Brasil com Cuba e do Acordo de Paris sobre o clima.
OUTRO NOME – Fala-se também no nome do embaixador Luís Fernando de Andrade Serra, que até meados do ano chefiava a representação do Brasil na Coreia do Sul, segundo fonte da equipe de transição ao jornal Estado de S.Paulo.
Serra foi, até meados do ano, embaixador do Brasil na Coreia do Sul. Segundo pessoas próximas, ele conheceu o presidente eleito durante o tour do então pré-candidato pela Ásia no início deste ano, e houve muita afinidade entre os dois.

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