MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O regime econômico ideal para o Brasil seria o nacional-desenvolvimentista


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Privatizar nem sempre significa a melhor opção
Flávio José Bortolotto
Em recente artigo, Waldemar Valim aponta como causa de nossa falta de prosperidade “a ganância do lucro pelo lucro e da renda pela renda” que não geram empregos nem distribuem renda. Entendo que ele quis dizer que a maioria de nossos empresários prefere fazer especulação financeira (na Bolsa de Valores, no câmbio, emprestar dinheiro para o governo financiar sua crescente dívida pública etc., agora até em bitcoins, menos na produção que gera empregos e distribui renda.
Acredito que a grande maioria de nossos empresários, sendo viável, até prefira aplicar na produção. O problema é que muitas vezes, no Brasil, dá mais lucro emprestar dinheiro para o governo, especular, do que “tocar uma fábrica”. Daí, não é culpa do empresário, é culpa do governo que não sabe viabilizar a indústria.
FORÇA MOTRIZ – E o amor ao lucro e a renda é a força que nos tira da cama de madrugada, e nos faz trabalhar com alegria até altas horas da noite e muitos weekends, resolvendo problemas, inovando, inventando, melhorando a produtividade sempre.
Ainda assim, diz o autor do excelente artigo que o Brasil tem solução, devido a “suas grandes riquezas naturais”. É verdade, mas não podemos confiar apenas nisso, porque a realidade nos mostra que alguns países prósperos e desenvolvidos são muito pobres em riqueza natural, como Suíça, Japão, Reino Unido, Países Baixos, França e Alemanha.
Precisamos confiar no Brasil também porque tem 220 milhões de habitantes, e entre eles, muitos milhões de pessoas de muita capacidade, cérebros de primeira grandeza, gente como o coronel e engenheiro aeronáutico Ozires Silva e colegas, que criaram a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, a Embraer. E tantos outros que fundaram grandes Empresas de Matriz no Brasil como: Weg, Random, Klabin, Gerdau, Votorantin, Marcopolo etc. É por isso que o Brasil deve cuidar e dar tudo do melhor para suas crianças. É o ser humano que ganha as “batalhas” da produção, de tudo.
PRIVATIZAÇÃO – Sempre que a privatização de uma empresa estatal se der para o capital com matriz no Brasil, é vantajoso para a economia nacional.
Mas sempre que a privatização de uma empresa estatal se der para o capital com matriz no exterior, devido a que elas não desenvolvem tecnologia nacional nem capitalizam aqui dentro 100% de seu faturamento, uma vez que naturalmente mandam para sua matriz no exterior os lucros, amortização do capital aplicado etc., a longo prazo é prejuízo para a economia nacional.
O Brasil só dará bom padrão de vida a todo seu povo, se a maioria de suas grandes empresas for de matriz no Brasil.
CULPA DA GESTÃO – A nosso ver, o povo instintivamente sente isso, e a razão principal do ex-presidente Lula, “depois de tudo”, ainda estar na frente nas pesquisas de intenção de votos, é porque, “embora desastradamente”, ele sempre defendeu esta ideia.
Presentemente, no Brasil, estamos numa situação insólita: os que defendem o modelo melhor, “nacional-desenvolvimentismo”, são péssimos administradores, e os que defendem o modelo pior, “neoliberalismo laissez faire”, são excelentes Administradores.
E agora?
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