Caros amigos
Tenho recebido muitos comentários oriundos
de pessoas que apoiam e propõem como solução para o Brasil a “volta dos
militares ao poder da República”.
Alguns afirmam que eles deverão fazê-lo
“de forma cirúrgica”, outros que pelo tempo necessário para “eliminar”
os maus brasileiros que, eleitos pelas fraudáveis urnas eletrônicas e
pela massa de ignorantes que compõe o povo ou infiltrados nas escolas,
nas universidades, nas artes e na imprensa, nos levaram ao caos.
Dentre esses, há muitos que acusam os
militares – aqueles que irão “salvar a Pátria” – de serem “covardes” e
“omissos”. O que me parece absolutamente incoerente com o propósito,
porquanto, se assim for, estarão confiando a solução às mãos de quem não
tem competência para a missão!
Há outros que enviam-me ameaças como: “Se
vocês não fizerem, faremos nós!”. Respeito a todos e procuro responder
quando e como posso, porque, como muitos outros brasileiros, não faço
apenas reclamar e, a esses últimos, respondo como lhes responderia o Gen
Carlos Flores de Paiva Chaves: “Não espere, faça!”.
Para não ter que escrever muitas vezes a
mesma coisa para cada um, repito aqui, para conhecimento geral, o que
tenho postado como resposta.
Começo dizendo que, se a “intervenção” for
a solução, ela será adotada no momento em que os que decidem e a devem
executar julgarem oportuno. Nem eu ou os que a querem estão nesse grupo.
Mas, já que os militares – “covardes” e
“omissos” – não terão coragem e iniciativa para “salvar o Brasil”, ficam
as perguntas: Como pode um agrupamento de “covardes sem iniciativa” dar
solução aos graves problemas enfrentados pela Nação? Por que, então,
perder tempo, estendendo faixas e “batendo panelas” na frente dos
quarteis, incitando incompetentes para irem à luta?
Se não têm outra linha de ação, permito-me
sugerir-lhes que relaxem, vão para algum lugar bucólico e aproveitem a
vida como puderem. E acrescento que eu, infelizmente, não posso fazer
isso porque ainda acredito nos brasileiros, alfabetizados ou não, aí
incluídos os meus “covardes e omissos” camaradas.
Repito, ainda, que o tempo dos militares é
semelhante ao tempo de Deus, porque, embora eles não sejam perfeitos e
onipresentes como Ele, eles acompanham de perto TUDO o que acontece no
País e têm os dados que precisam para definir o momento de intervir para
corrigir os erros que todos nós – inclusive eles – temos cometido.
Diante do caos em que vivemos, os pilares
que orientam as atitudes dos militares – legalidade, legitimidade e
estabilidade – devem ser interpretados de duas formas. A primeira é que
os militares atuarão sempre dentro da legalidade e com legitimidade,
evitando, a qualquer preço, contribuir para a instabilidade. A segunda é
que, se por qualquer razão, alheia à vontade ou às atitudes dos
soldados, a estabilidade for perdida, isto legitimará uma ação militar
visando a restaurar aqueles pilares.
Não serei eu, nem nenhum outro patriota,
intervencionista ou não, quem irá definir a forma ou a “hora H” de um
movimento militar, mas a sua competência e o acompanhamento cerrado da
situação em que vivemos.
Eu, diferentemente dos inúmeros patriotas
que assim se têm manifestado, sei que os soldados não são covardes e
muito menos omissos, acredito neles e no que eu, como cidadão
brasileiro, ainda posso fazer pelo meu País!
O pessimismo é a mais eloquente manifestação da covardia e da omissão!
É como penso.
Gen Bda Paulo Chagas
APRENDENDO COM O INIMIGO!
Nenhum comentário:
Postar um comentário