MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 17 de dezembro de 2017

Impugnação da candidatura de Lula altera completamente o quadro da sucessão


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Charge do Luscar (Charge Online)
Carlos Newton
No mundo inteiro, os políticos e os partidos tradicionais estão em transe. É um fenômeno interessantíssimo, que justifica as vitórias de um estreante como Donald Trump nos Estados Unidos e de Emmanuel Macron na França, o mais jovem presidente já eleito no país. Da mesma forma, explica a decisão do imbatível presidente russo Vladimir Putin, que está abandonando seu partido para concorrer como candidato independente.
No Brasil, onde reina a esculhambação institucional, a situação é ainda pior. A menos de um ano das eleições gerais mais importantes dos últimos tempos, reina a confusão e o quadro está totalmente indefinido, porque o candidato favorito Lula da Silva vai fazer campanha e aparecer no horário eleitoral da TV, mas será alijado às vésperas da votação, conforme ficou claro na reportagem de Renata Mariz em O Globo neste sábado, na qual a jornalista ouviu grande número de ministros e ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral.
EMBOLOU TUDO – Todos os entrevistados do TSE disseram o óbvio ululante que Nelson Rodrigues tanto perseguiu – o candidato Lula da Silva, do PT, estará inelegível se for condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A certeza de que Lula estará fora da disputa tumultua o quadro eleitoral e joga as pesquisas no lixo. Aliás, nesta sucessão as pesquisas não servirão para quase nada, porque até na chamada “undécima hora” continuará a constar o nome de Lula como candidato, será uma confusão fenomenal.
Alguns pré-candidatos estão muito animados com a saída de Lula, por terem a expectativa de herdar parte dos votos – Ciro Gomes, do PDT, Marina Silva, da Rede, Manuela D’Ávila, do PCdoB, Guilherme Boulos, do PSOL, e Michel Temer, que tentará a reeleição pelo PMDB, já fechou acordo com o PTB de Roberto Jefferson e tem esperanças de fazer coligação com outros partidos da atual base aliada, para conquistar o máximo de espaço no horário eleitoral da TV.
O problema de Temer é que outros pré-candidatos querem atrair os mesmos partidos, como Henrique Meirelles, do PSD, que pode ter a campanha mais rica da eleição, se chegar a abril com 10% nas pesquisas em que não constar o nome de Lula,  animando banqueiros e megaempresários. Se isso acontecer, Meirelles pode até ter apoio do DEM e de outras legendas que se vendem por 30 dinheiros, digamos assim.
BOLSONARO – Além disso, partidos da atual base aliada não descartam a possibilidade de fazer coalizão para apoiar Jair Bolsonaro, que continua no PSC, mas já assinou um compromisso de filiação com o PEN, que passará a se chamar Patriotas.
Está tudo no ar, até porque ainda falta a definição de um possível candidato com muita chance – Joaquim Barbosa, ministro aposentado do Supremo, que tem duas legendas à sua disposição, o PSB e o PPS. Com a ausência de Lula, aumentam as chances de Barbosa passar para o segundo turno, pois poderá tirar preciosos votos de Bolsonaro e empolgar os eleitores negros, não se pode descartar a influência étnica.
Por fim, Geraldo Alckmin será o coveiro do que resta do PSDB e ainda se desconhece o potencial de crescimento de Alvaro Dias, do Podemos, que tem pontuado em todas as pesquisas, apesar de não estar em plena campanha, como Lula, Bolsonaro, Ciro Gomes, Temer e até Meirelles, que está rodando as Assembleias de Deus do país, inclusive em cidades de médio porte, como Juiz de Fora.
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