José Graña Miró Quesada foi indiciado por participação no pagamento de propinas à empreiteira brasileira para construção de trecho de rodovia
BAHIA.BA

Cinco executivos peruanos ligados à Odebrecht tiveram ordem de prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (4). Eles têm participação na construção do segundo e terceiro trecho da rodovia interoceânica Sul.
Entre os indiciados, está José Graña Miró Quesada, ex-presidente do conselho de administração da Graña y Monteiro, maior construtora do Peru. Ele renunciou ao cargo em fevereiro.
Quesada também é o acionista majoritário do Grupo El Comércio. Todos os indiciados ficarão presos no complexo penal Piedras Gordas I, no distrito de Ancón, exceto um dos diretores, internado em tratamento de câncer de pulmão, que teve prisão domiciliar decretada pelo juiz.
Além de Graña, foram detidos Fernando Camet, presidente da JJ Camet; José Castillo Dibós, diretor-geral da ICCGSA, e Hernando Graña Acuña, outro membro do conselho de administração da Graña y Montero.
O promotor responsável pelo caso, Hamilton Castro, declarou, ao pedir a prisão preventiva dos empreiteiros, que o Peru “testemunhará se a Justiça trata com o mesmo critério todos os cidadãos no país”. Dezesseis horas depois, o juiz Richard Concepción Carhuancho emitiu ordem de captura.
Castro lidera a equipe anticorrupção que investiga o pagamento de propinas da Odebrecht e fez o pedido para evitar que os executivos fugissem do país. Eles são acusados de conluio agravado e lavagem de ativos. Junto à Odebrecht, as empresas peruanas teriam pago cerca de R$ 49 milhões em propinas ao ex-presidente Alejandro Toledo.
O dinheiro foi usado para a concessão da construção de dois trechos da rodovia Interoceânica Sul, que liga a costa do Peru com o oeste brasileiro.


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