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Segundo Carla Moreira, psicóloga especialista em gestão de pessoas e avaliação psicológica, a explicação para essa falha é simples: esses testes vocacionais não têm validação científica. “Esse não deve ser o primeiro pontapé, o ideal é procurar um profissional. Se não, é preferível que faça pesquisas, mas não baseadas em testes”, indica. Para ela, a orientação vocacional – e não o teste- é a melhor saída.
A explicação é que a escolha da profissão não deve estar dissociada das experiências pessoais ou do estilo de vida e, portanto, requer autoconhecimento.
A também psicóloga e orientadora vocacional Simone Brasil chama atenção para a diferença entre os testes e a orientação. Enquanto o primeiro tende a ser objetivo e levar apenas alguns minutos, a segunda pode durar meses. “A escolha profissional não é fácil, acontece em um momento turbulento de transição entre a fase jovem para a adulta e a orientação faz o jovem escolher com consciência de quem ele é e da realidade profissional”, pontua.
Apesar de não indicar os testes, ela diz que eles podem ser úteis quando a pessoa não tem ideia do que fazer e precisa de um mínimo de noção.
E quais profissionais estão aptos para dar essa orientação? Para Cecília Spinola, coordenadora da Central de Carreiras da Universidade Salvador (Unifacs) e professora de psicologia, os mais indicados são psicopedagogos, psicólogos e coaches.
Durante o processo serão utilizados instrumentos para que o orientado possa ter o conhecimento de todo o cenário — desde competências até o mercado. “Não é simplesmente ‘tome aqui o resultado e faça tal carreira’. Não é uma bola de cristal. Eu defendo um trabalho processual”, diz.
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