MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 2 de abril de 2013

Praga ataca cultivo do eucalipto e preocupa produtores


Vespa da galha já se espalhou por vários estados brasileiros.
Inseto causa muito estrago ao impedir o desenvolvimento das mudas.

Do Globo Rural

A vespa da galha é menor que a ponta de uma caneta. Para ver bem os detalhes, só olhando por um microscópio.
O inseto se parece muito com as vespas comuns, que picam as pessoas, mas apesar de ser inofensivo ao ser humano, ele pode destruir uma plantação inteira de eucaliptos.
As vespas depositam os ovos dentro dos brotos da planta e junto injetam uma toxina. Em uma plantação experimental, é possível perceber bem o problema.
As árvores foram cortadas e soltaram os brotos na mesma época, há pouco mais de um ano. Uma planta saudável, que não foi atacada pela vespa da galha, teve o crescimento normal e passa de sete metros de altura. Outra que foi contaminada, teve os galhos atrofiados e no mesmo período, não passou de três metros de altura.
As pesquisas ainda estão no começo, já que a vespa da galha chegou ao Brasil há apenas quatro anos. A transmissão é feita exclusivamente por mudas infectadas, que viajam o país.
Além da Bahia, hoje a praga já causa prejuízos também no Maranhão, Tocantins, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
Por enquanto, não há inseticida capaz de eliminar a vespa com eficácia. Bruno Zaché é um dos pesquisadores que tentam encontrar uma forma de controle e estuda o uso de um predador natural: uma mosca que se alimenta das larvas.
No Paraná, o primeiro registro da vespa da galha foi há cerca de quatro meses. A propriedade de José Bernardi, em Medianeira, no oeste do estado, é uma das mais atingidas.
José plantou 28 mil pés de eucaliptos, mas foi obrigado a queimar todas as árvores e o prejuízo ficou ainda maior, já que todos os insumos que seriam usados na cultura estão parados, estragando no celeiro.
Em outra propriedade, que fica na mesma região, a praga atacou também as árvores maiores; algumas já estavam inclusive em fase de comercialização.
O governo do estado do Paraná ainda não tem um levantamento exato do tamanho da área atingida, mas além da região oeste já foram registrados ataques da vespa da galha também no norte e noroeste.
Quem estiver com as mudas infectadas, a recomendação é incinerar. Uma outra orientação dos pesquisadores é evitar o plantio da variedade eucalyptus camaldulensis, que é mais suscetível ao ataque da vespa da galha.

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