Apesar das reclamações, número de extravios é pequeno, diz Correios.
Empresa diz que problema se deve aos constantes assaltos a funcionários.
As reclamações acerca dos serviços oferecidos pela Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos têm virado uma constante entre os alagoanos.
“Em um ano tive minhas encomendas extraviadas três vezes. Escrevi meu
endereço certo, com CEP correto, mas o produto não chegou”, relata
Soraya Santos que teve alguns prejuízos por causa do desserviço dos
Correios.
A empresária conta que compra produtos dos Estados Unidos e de Portugal e além do extravio, ela sofreu com a encomenda retida para investigação na Polícia Federal. “Meus objetos demoraram a chegar e depois de um tempo recebi um comunicado solicitando minha presença na central de distribuição. Além do prejuízo, passei constrangimento de ter que ir lá só para liberar a encomenda”, diz a empresária.
Uma situação inusitada, mas que aconteceu duas vezes com o funcionário público Bruno Nunes. Ele diz que recebeu o produto em casa e o site dos Correios ainda apontava que a encomenda estava em outro Estado. "É a segunda vez que isso acontece. Não dá pra confiar no site. A ideia é acompanhar em tempo real o andamento do pedido, mas isso não acontece", ressalta.
Em um universo de 350 mil objetos que circulam por mês em Alagoas,
os Correios consideram que o número de extravio de encomendas é pequeno
e, por isso, não é feito um levantamento dessa estatística.
Segundo o gerente de operações dos Correios, Antônio Richarles Sampaio, a empresa sofre com o número de assaltos às cargas. "Só este ano tivemos cinco assaltos a carros que iam para o interior, além de um caminhão que trazia carga nacional". Essa contabilidade não somava o assalto a um outro carro dos Correios ocorrido na manhã do último sábado (27).
De acordo com a polícia, dois homens em um carro modelo Agile renderam o motorista Vanildo Barbosa Graça, 50, que estava a serviço dos Correios. Um dos suspeitos vestiu a farda do motorista e se disfarçou de funcionário da empresa para que nenhuma possível testemunha desconfiasse da ação. Ainda na rua, os suspeitos abriram o carro do Sedex e levaram vários pacotes de mercadorias e abandonaram o veículo no local. A polícia não conseguiu prender nenhum suspeito ou recuperar as mercadorias roubadas.
Sampaio ressalta que os assaltos acontecem também aos carteiros que estão nas ruas. Só em 2013, oito funcionários tiveram suas bolsas com as correspondência dos alagoanos roubadas. "É um número alto. E isso acontece em todo o país. Nós também precisamos de mais segurança", ressalta.
Sobre a demora na entrega de correspondências, Sampaio informa que isso não é comum e que apenas acontece quando há greve dos Correios ou quando há algum erro no endereço do destinatário.
Já no site nacional de reclamações, o Reclame Aqui, só nos últimos 12 meses, há 10.456 relatos de pessoas de todo país insatisfeitas com o serviço dos Correios. As principais queixas são sobre atraso e extravio de encomendas e nenhum dos relatos tem resposta da empresa.
Ressarcimento dos clientes
De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios em Alagoas, quando é comprovado o extravio, a empresa faz o ressarcimento ao cliente. "No caso de compras feitas pela internet, os Correios ressarcem a empresa, que faz o mesmo com o cliente. O consumidor não fica no prejuízo", afirma.
Já sobre as encomendas que ficam retidas para investigação da Polícia Federal, a assessoria informou que esse é um padrão necessário de segurança.
Para garantir que as encomendas irão chegar ao destino, alguns consumidores apostam no serviço de seguro que é oferecido pelos Correios. Eles pagam uma taxa adicional pelo serviço, mas acreditam estar mais seguros.
É o caso da assessora de imprensa Patricia Machado. Ela revela que comprou uma câmera fotográfica e, pouco tempo depois, o produto apresentou defeito e ela teve que mandar para o fabricante.
"Não sabia que os Correios ofertavam esse serviço. Achei bem legal a proposta porque a violência é grande. Mas acho que a própria instituição deveria oferecer mais segurança, porque além da postagem, paguei o seguro para garantir que não ia perder o dinheiro", afirma.
A empresária conta que compra produtos dos Estados Unidos e de Portugal e além do extravio, ela sofreu com a encomenda retida para investigação na Polícia Federal. “Meus objetos demoraram a chegar e depois de um tempo recebi um comunicado solicitando minha presença na central de distribuição. Além do prejuízo, passei constrangimento de ter que ir lá só para liberar a encomenda”, diz a empresária.
Carteiros entregam mais de três mil correspondências por dia (Foto: Fabiana De Mutiis/ G1)
O estudante de jornalismo, Rafael Oliveira, 19, cansou de esperar por
um samartphone que comprou pela internet. O produto foi extraviado por
duas vezes e depois de três meses aguardando, cancelou o pedido. "Eu não
aguentava mais. É uma falta de respeito dos Correios, que não dá
nenhuma resposta", reclama Rafael.Uma situação inusitada, mas que aconteceu duas vezes com o funcionário público Bruno Nunes. Ele diz que recebeu o produto em casa e o site dos Correios ainda apontava que a encomenda estava em outro Estado. "É a segunda vez que isso acontece. Não dá pra confiar no site. A ideia é acompanhar em tempo real o andamento do pedido, mas isso não acontece", ressalta.
Segundo o gerente de operações dos Correios, Antônio Richarles Sampaio, a empresa sofre com o número de assaltos às cargas. "Só este ano tivemos cinco assaltos a carros que iam para o interior, além de um caminhão que trazia carga nacional". Essa contabilidade não somava o assalto a um outro carro dos Correios ocorrido na manhã do último sábado (27).
De acordo com a polícia, dois homens em um carro modelo Agile renderam o motorista Vanildo Barbosa Graça, 50, que estava a serviço dos Correios. Um dos suspeitos vestiu a farda do motorista e se disfarçou de funcionário da empresa para que nenhuma possível testemunha desconfiasse da ação. Ainda na rua, os suspeitos abriram o carro do Sedex e levaram vários pacotes de mercadorias e abandonaram o veículo no local. A polícia não conseguiu prender nenhum suspeito ou recuperar as mercadorias roubadas.
Sampaio ressalta que os assaltos acontecem também aos carteiros que estão nas ruas. Só em 2013, oito funcionários tiveram suas bolsas com as correspondência dos alagoanos roubadas. "É um número alto. E isso acontece em todo o país. Nós também precisamos de mais segurança", ressalta.
Sobre a demora na entrega de correspondências, Sampaio informa que isso não é comum e que apenas acontece quando há greve dos Correios ou quando há algum erro no endereço do destinatário.
Página do site Reclame Aqui mostra várias contestações de clientes em todo o país (Foto: Reprodução/ReclameAqui)
No Procon de Alagoas não há reclamações contra os Correios. A
assessoria de Imprensa do Procon explicou que isso ocorre porque, quando
se trata de compra pela internet, o consumidor reclama da empresa
contratada, mesmo que o extravio seja por parte do responsável pela
correspondência.Já no site nacional de reclamações, o Reclame Aqui, só nos últimos 12 meses, há 10.456 relatos de pessoas de todo país insatisfeitas com o serviço dos Correios. As principais queixas são sobre atraso e extravio de encomendas e nenhum dos relatos tem resposta da empresa.
Ressarcimento dos clientes
De acordo com a assessoria de comunicação dos Correios em Alagoas, quando é comprovado o extravio, a empresa faz o ressarcimento ao cliente. "No caso de compras feitas pela internet, os Correios ressarcem a empresa, que faz o mesmo com o cliente. O consumidor não fica no prejuízo", afirma.
Já sobre as encomendas que ficam retidas para investigação da Polícia Federal, a assessoria informou que esse é um padrão necessário de segurança.
Assessora mostra que declarou o valor do produto
para garantir seguro (Foto: Michelle Farias/G1)
Seguro para encomendaspara garantir seguro (Foto: Michelle Farias/G1)
Para garantir que as encomendas irão chegar ao destino, alguns consumidores apostam no serviço de seguro que é oferecido pelos Correios. Eles pagam uma taxa adicional pelo serviço, mas acreditam estar mais seguros.
É o caso da assessora de imprensa Patricia Machado. Ela revela que comprou uma câmera fotográfica e, pouco tempo depois, o produto apresentou defeito e ela teve que mandar para o fabricante.
"Não sabia que os Correios ofertavam esse serviço. Achei bem legal a proposta porque a violência é grande. Mas acho que a própria instituição deveria oferecer mais segurança, porque além da postagem, paguei o seguro para garantir que não ia perder o dinheiro", afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário