MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 2 de abril de 2013

Mercedes 1951 'celebridade' passa por restauração de 30 anos


Exemplar da versão 170 S Cabriolet B é considerado raríssimo no Brasil.
Interior simples esbanja conforto e requinte para carros da época.

Rodrigo Mora Do G1, em São Paulo

Quando viu pela primeira vez um Mercedes-Benz conversível desfilar perto de sua casa, o músico e ator Malcolm Forest prometeu a si mesmo que teria um igual. O carro passeava pela Zona Norte de São Paulo e, no final da década de 70, um modelo desses no país era ainda mais raro do que hoje. Imediatamente, Forest publicou anúncios em diversos jornais, buscando quem tivesse interesse em vender um exemplar igual ao que ele admirou. Levou três anos para que, enfim, um 170S Cabriolet B estivesse em sua garagem.
Segundo o proprietário, esse é um dos raríssimos exemplares que foram importados para o Brasil. A intuição do colecionador é compartilhada pela própria marca: ainda que não haja um controle rígido sobre quantas unidades existem no país, a Mercedes acredita que rodem por aqui apenas quatro 170 S Cabriolet B. Do modelo cupê, outras sete.
Celebridade
Conhecido no meio artístico e também por ser proprietário de um raro Mercedes, Forest foi convidado a participar da primeira versão da novela "Ti ti ti", em 1985 (veja vídeo ao lado). Mas não como o galã da atração: quem “atuou” no episódio de abertura foi o carro, que serviu para simbolizar a riqueza de uma das protagonistas da novela.
Meses depois, Forest decidiu restaurar seu 170 S, que agora, aos 62 anos de vida, está em perfeitas condições, como se tivesse saído hoje da concessionária. No entanto, não foi uma restauração simples. Ela contou com a ajuda de Félix Febber, funcionário número 3 da Mercedes-Benz do Brasil. Foi ele quem testou alguns motores para o carro, até achar aquele que servia exatamente no modelo. Todo o processo, segundo Forest, foi feito na própria fábrica ou seja, com um acervo infindável de peças.
A x B
Mas por que Benz 170 S Cabriolet B? O “B” no final do nome caracteriza as versões cabriolet com bancos traseiros (e portanto capaz de levar mais dois ocupantes). Isso porque, inicialmente, o 170 S foi concebido apenas com os bancos dianteiros.
A Mercedes lançou o 170 S em 1949, enquanto o 170 S B surgiu em 1951. O sufixo S, pela primeira vez empregado num carro da Mercedes, caracterizava a opção superior da marca em termos de conforto e luxo. A linha durou de 1949 a 1955.
A aventura de buscar o modelo desejado e a paixão por carros clássicos levou o artista a lançar a revista "Autos Antigos", que reunia classificados de vendas de automóveis, peças, restauradoras e alguns artigos sobre o tema. O termo “antigomobilismo”, inclusive, estreou na publicação, segundo Forest. “O antigomobilismo faz as pessoas sorrirem, abre a comunicação”, costuma dizer.
Atualmente, Forest está empenhado em elevar o status do antigomobilismo. Entre os seus projetos, estão publicar livros sobre o tema, expor seus modelos internacionalmente e criar um novo museu. Mas há uma meta antiga que não sai da cabeça do colecionador: “ainda procuro pela história do carro antes de 1982, quando o comprei”.
Mercedes-Benz 170 S Cabriolet B (Foto: Raul Zito/G1)Mercedes-Benz 170 S Cabriolet B (Foto: Raul Zito/G1)

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