Manifestantes estiveram na frente da prefeitura nesta sexta-feira (26).
Cerca de 150 famílias invadiram o local há três meses.
Moradores fizeram manifestação em frente à prefeitura (Foto: Rayssa Natani/G1)
Famílias que ocuparam um terreno próximo ao Residencial Rosa Linda
protestaram nesta sexta-feira (26) em frente à prefeitura de Rio Branco contra a desapropriação realizada na área na quinta-feira (25). Cerca de 150 famílias invadiram o local há três meses.De acordo com o morador Douglas Lopes, a fiscalização da prefeitura esteve na área sem mandado judicial e derrubaram as casas e casebres da região. "Ninguém sequer ficou sabendo quem fez a ordem. Simplesmente expulsaram todo mundo. Nós fomos expulsos sem mandado judicial", reclamou o morador.
Douglas ainda lembra que os manifestantes fecharam a estrada próximo ao residencial e foram abordados pela Polícia Rodoviária Federal. "Quando eles começaram a desocupar, nós fomos lá e fechamos a BR e fomos agredidos pela PRF. Menores de idade, mulheres grávidas, todo mundo foi agredido. Em momento nenhum eles tentaram negociar pela desocupação da BR", disse.
O secretário de Articulação Comunitária e Social, Manoel Lima, afirmou que a área ocupada é de propriedade particular e o proprietário entrou com um processo para desocupação. Ele disse que não foi necessário realizar um processo de reintegração devido ao tempo em que os moradores se encontravam na terra.
"Um processo de reintegração só é feito quando moradores estão há um ano e de dois meses sem intervenção. Eles não estavam estabelecido na área, por isso não precisava de reintegração de posse ", afirma.
O secretário também explicou que na terra existem três conjuntos residenciais, sendo um privado e três do governo através do programa Minha Casa, Minha Vida. "É uma área grande, já tem três conjuntos, um particular e três do governo. Existem outras terras de moradores que compraram, e a parte que eles estavam ocupando que é uma área verde do total da área", diz.
Lima disse que foram realizadas três reuniões com a comunidade e que será feito uma levantamento das famílias mais carentes para que haja um acompanhamento social por parte da prefeitura e do governo estadual.
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