Durante evento em Brasília, presidente diz não ter interesse em antecipar eleição e comparou o Minha Casa ao antigo BNH, criado durante a ditadura militar
Rafael Moraes Moura e Tânia Monteiro - Estadão
Em mais um ataque à oposição, a presidente Dilma
Rousseff disse nesta terça-feira, 23, que não havia programa do porte do
Minha Casa Minha Vida durante o governo de Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002). O comentário foi feito a jornalistas após cerimônia de
abertura da exposição de Carlinhos Brown no Palácio do Planalto.
Fernando Bizerra Jr/Efe
Dilma brica com a caxirola, ao lado do cantor Carlinhos Brown
"No governo passado, não se podia, talvez pela crise do Estado, talvez por convicção, não se cogitava em fazer subsídios. Não há como fechar a conta, se você ganha até R$ 1.600, não há como você sustentar sua família de três filhos e pagar uma casa que custa 75 mil reais em algumas cidades, um apartamento de dois quartos, sala e cozinha", prosseguiu.
Durante a entrevista, a presidente negou que esteja em campanha eleitoral. Neste ano, Dilma intensificou sua agenda pelo Nordeste, em um movimento para se contrapor à crescente influência do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), provável candidato à Presidência em 2014. Na semana passada, a presidente também viajou para cidades mineiras, reduto eleitoral do senador Aécio Neves (PSDB), pré-candidato à Presidência.
"Não estou em campanha, porque eu tenho obrigação durante 24 horas por dia de dirigir o Brasil. É impossível qualquer desvio dessa rota, talvez a única pessoa que não tem interesse nenhum em discutir o processo eleitoral na metade do seu governo seja eu", afirmou.
Caxirolas. Em uma cerimônia marcada pela informalidade, quebra de protocolo e o som das caxirolas, Dilma abriu nesta terça-feira a exposição "O olhar que ouve", que reúne pinturas e instalações do artista baiano Carlinhos Brown. A mostra fica aberta para o público até o dia 26 de maio no andar térreo do Palácio do Planalto. A entrada é franca.
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