MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Decisão judicial volta a permitir queimadas no Acre


Imac deve começar a emitir licenças autorizando a queima.
Ano passado houve uma redução de 65% nos focos de calor.

Genival Moura Do G1 AC

Queimadas (Foto: Genival Moura/G1)Licenças autorizando queima de até um hectare serão liberadas (Foto: Genival Moura/G1)
Depois de quase dois anos sem permitir queimadas no estado, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), deve começar a emitir licenças autorizando a queima de até um hectare em propriedades que se enquadram no perfil da agricultura familiar. O órgão está obedecendo a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável a um recurso da Federação dos Trabalhadores Rurais do Acre (Fetacre) contra a ação ajuizada pelo Ministério Público Federal do Acre, denominada “Fogo Zero”.
O chefe do escritório do Imac em Cruzeiro do Sul (AC) Isaac Iberno, explica que no ano passado, quando as queimadas estavam proibidas, houve uma redução de 65% nos focos de calor em todo estado. “Nós estaremos licenciando mediante os requerimentos, mas vamos focar a questão da educação ambiental, estabelecer um calendário e fazer um serviço constante de monitoramento. Queremos uma parceria com a comunidade que precisa tomar os devidos cuidados para evitar os incêndios florestais”.
As atenções estarão ainda mais voltadas para Mâncio Lima e Rodrigues Alves que estão entre os municípios que registraram os maiores focos de calor em 2012.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cruzeiro do Sul, João Souza Nascimento, comemorou a decisão, mas garantiu que a entidade também vai ajudar na conscientização dos agricultores.
“A gente sabe que essa liberação pode ser suspensa a qualquer momento e estamos muito cautelosos com relação a isso. Nós não queremos usar o fogo, estamos usando porque não temos alternativas para produzir de outra forma, sem o método tradicional do plantio. O poder público não fornece máquinas e nem os implementos agrícolas. É uma questão de sobrevivência”, defende o sindicalista.

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