No município de Cajobi, eram cultivados 2,2 milhões de pés de laranja.
Hoje, na região há pouco mais de 800 mil pés da fruta.
“A partir de 2005, nós tivemos um problema de alto custo de produção da laranja, que foi em virtude da presença de pragas e doenças. A alta produção da laranja ocasionou baixo preço de venda da fruta. Então, em virtude de alta produção e baixo preço, o produtor se descapitalizou e foi perdendo dinheiro”, diz o agrônomo Marcos Augusto Pavani.
Diante dessa situação, muitos citricultores desistiram da laranja e passaram a investir em outras culturas. Em uma propriedade da região, durante décadas o forte foi a produção de porta-enxerto de citrus. Por ano, eram produzidos seis milhões de tubetes. Hoje, não chega a 300 mil. As estufas agora estão recebendo tomate.
O produtor Leandro Martines, que herdou a fazenda do pai, disse que já não compensava manter as estufas com porta-enxertos. Então, o agricultor e o amigo tiveram a ideia de investir em tomate. Para aproveitar a estrutura das estufas, o tomate teve que ser plantado em vasos. A previsão é ocupar as três estufas da propriedade até o final do ano.
Em outra propriedade, a laranja também já foi a principal cultura. O pai do agricultor Marco Aurélio, que começou na citricultura no final da década de 60, chegou a ter 70 hectares ocupados com mais de 20 mil pés. Mas com as dificuldades do setor, os pomares foram sendo dizimados. Atualmente Marco Aurélio mantém apenas dez hectares, com 4,5 mil pés.
Nos últimos cinco anos, o citricultor apostou na diversificação de culturas e começou a plantar batata doce roxa. A produção começou pequena, com 250 toneladas. Mas neste ano a colheita deve chegar a 1.740 toneladas.
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