MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 2 de abril de 2013

Bebê morre e família culpa maternidade em Roraima


Segundo a mãe, o parto cesariana demorou acontecer.
Secretaria de Saúde afirma que paciente teve ruptura uterina.

Tarsira Rodrigues Do G1 RR

Raquel olha as roupinhas da filha que não pode levar para casa (Foto: Tarsira Rodrigues/G1)Raquel olha as roupinhas da filha que não pôde
levar para casa (Foto: Tarsira Rodrigues/G1 RR)
Uma família vive um drama com a morte de um bebê antes do parto na Maternidade Nossa Senhora de Nazaré em Boa Vista. Raquel Modesto de Souza, 18 anos, deu entrada na  unidade para dar à luz a filha no dia 26 de março, mas a criança já estava morta. A Secretaria Estadual de Saúde informou que a paciente teve uma ruptura uterina, o que complicou o quadro.
Segundo a mãe, o motivo que levou ao óbito foi a falta de assistência médica na Maternidade, já que o parto cesariana demorou acontecer.
Ela contou que a equipe médica estava forçando um parto normal. "Eu não podia ter minha filha neste método. Eu disse isso a eles, mesmo assim insistiram". Raquel disse ainda que o parto do primeiro filho foi cesariana e que o segundo também precisava ser, pois segundo ela, possui um histórico de saúde delicado.

Conforme a mãe, ela deu entrada pela primeira vez no dia 24 e os médicos que a atenderam disseram que estava com apenas um centímetro de dilatação e que poderia retornar para casa, pois a unidade não dispunha de leitos para acomodá-la.

Às 13h do dia 26 de março, sentindo fortes contrações, Raquel retornou à Maternidade Nossa Senhora de Nazaré. Ao chegar, afirmou que recebeu o atendimento na sala de enfermagem e que já estava em trabalho de parto, mas precisou aguardar em pé por um leito na sala de pré-parto.
"Eu já estava com seis centímetros de dilatação e mesmo assim tive que ficar por quase 20 minutos em pé aguardando que alguém me levasse para o quarto", reclamou.
A mãe da jovem, a agricultora Francisca de Souza, falou que a família vai pedir explicações do Estado para que a morte da neta seja apurada. Ela denuncia ainda que as condições da Maternidade são precárias. "As mulheres estão sendo mal tratadas na maternidade. O local não tem leitos nem estrutura para fazer exame de ultrassom. Não temos a quem recorrer", denunciou Francisca.  
Outro lado
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a direção do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazaré afirma que a paciente teve uma ruptura uterina - uma emergência obstétrica que pode acontecer em um a cada dois mil partos.
A nota esclarece ainda que a ruptura não pode ser prevista com precisão ou mesmo diagnosticada antes de ocorrer. O médico explicou à paciente e aos familiares todos os procedimentos tomados.
Até o momento, a direção geral ou Ouvidoria não foram procuradas. Para esclarecer o atendimento será solicitada abertura de sindicância médica para apurar os fatos, já que desde a admissão na sala de parto, a paciente e o bebê eram avaliados de hora em hora, segundo protocolo do setor.

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