Produtores de manga de SP iniciam colheita da variedade palmer

Agricultores do nordeste de SP esperam recuperar parte dos prejuízos.
As indústrias voltaram a comprar a fruta.

Do Globo Rural

Desde o fim do ano passado, os trabalhos no sítio de Marco Aurélio Ferraro, em Taquaritinga, nordeste de São Paulo, não param. Em dezembro, ele colheu a manga da variedade tommy e começou a safra no prejuízo. A fruta estava sem comprador.
Agora, Ferraro está colhendo a variedade palmer e está mais otimista porque a demanda aumentou. “A situação melhorou porque as indústrias voltaram a comprar e o mercado também”, conta.
Na região, a manga palmer já ocupa a maior parte da área de manga plantada. A variedade tem tradição de venda nos mercados, mas também pode ser bem aproveitada pela indústria porque tem pouca fibra na poupa. Este mês, as fábricas voltaram a processar a fruta, mas em pequena quantidade, por isso, o preço negociado com o produtor ainda está abaixo do custo de cultivo.
"Hoje o quilo está sendo vendido por R$ 0,18 e o custo de produção ultrapassa os R$ 0,24. Tem prejuízo para o produtor, mas isso seria maior se ele não conseguisse escoar a safra. Preço abaixo não dá lucro, mas evita perdas mais significativas”, explica Marco Antônio dos Santos, presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga.
A colheita da manga palmer termina em março.