Filhote de urutau conquista família de agricultores no PR

 

Penas em tons de cinza e marrom ajudam na camuflagem da ave.
Em cerca de 15 dias, a ave deve ficar forte o suficiente para voar.

Do Globo Rural

Um filhote de urutau é o mais novo xodó do agricultor Camilo Schimidt, de Serranópolis do Iguaçu, no oeste do Paraná. A ave ainda não aprendeu a voar e aceita de bom grado os cuidados e carinhos da família.
O animal ganha beijos e muito mimo. Mas esse não foi o primeiro da espécie a aparecer na chácara. Um urutauzinho com a asa quebrada chamou a atenção do produtor rural. “Eu fiquei apavorado quando vi o bichinho com a asa quebrada. Os biólogos me ensinaram a tratar o bichinho, que ficou de 30 a 60 dias como nosso inquilino”, diz Schimidt.
Depois, surgiu outro urutau animal que recebeu o nome de Tonico. As penas em tons de cinza e marrom ajudam na camuflagem. A ave se confunde com um tronco seco. Assim, o filhote fica protegido.
O agricultor leva o urutau para passear, mas o bebê volta para casa na natureza na hora de descansar. O bichinho fica num dos galhos mais altos até o dia em que vai aprender a voar.
Não é muito comum ver um urutau conviver com pessoas. Além de se esconder por entre as árvores, o pássaro tem hábitos noturnos. O filhote, por exemplo, só será alimentado pela mãe ao anoitecer. Em cerca de 15 dias, a ave deve ficar forte o suficiente para conquistar o céu.
Como consegue se camuflar nos troncos das árvores, o urutau também é chamado de ave-fantasma.