Os
temas foram abordados durante o Workshop promovido pela MJV, empresa
global que presta consultoria em tecnologia e inovação, no segundo dia
do Festival de Investimentos e de Impactos Sustentáveis na Amazônia
(FIINSA)
Qual
o caminho para construir a Amazônia que queremos em 2030? A pergunta
esteve no centro do debate e promoveu um exercício de reflexão,
colaboração e criatividade para um grupo heterogêneo, de aproximadamente
20 pessoas, que participou do Workshop ‘Futuros Possíveis para
Amazônia’, na manhã desta quarta-feira, durante a segunda edição do
FIINSA.
O
líder em Design de Futuros da MJV, Murillo Albanez, estabeleceu a
partir dos pilares bioeconomia, povos originários, desmatamento e
urbanização sustentável o desafio de se construir um cenário desejável e
possível para os próximos anos.
Os
grupos foram divididos em 4 de acordo com os temas, os integrantes de
cada equipe imaginaram uma notícia que seria veiculada no ano de 2030 em
determinado veículo de comunicação ou rede social. Além disso, era
preciso apontar os indícios que determinariam que aquela notícia fosse
real, os principais pesos do passado e as soluções que precisam ser
tomadas agora para que esta projeção de futuro seja exequível.
“Foi
possível fazer uma viagem ao futuro e voltar, pensando em soluções
palpáveis para os principais desafios apresentados. Compartilhamento,
aprendizado e coletividade foram temas transversais em toda essa
discussão que, claro, foi só o início da jornada de construir os futuros
possíveis da Amazônia”, observou Murilo Albanez.
Em busca do elo entre a sabedoria ancestral e a tecnologia
O
engenheiro civil, Roma Chaves, que atua como acelerador de
Microempreendedor Individual (MEI) no Impact Hub, escolheu a equipe que
trabalhou com o tema ‘Povos Originários’. Indígena da etnia Baré,
natural de São Gabriel da Cachoeira, cidade em que 90% da população é
indígena, ou seja, o município do Brasil em que a maioria da população
descende dos povos tradicionais, o jovem não poderia ter escolhido outro
tema.
“Escolhemos
uma notícia puxando para a política porque acreditamos que os povos
tradicionais precisam dessa representatividade no Congresso”, comentou
Roma Chaves.
A
manchete era “Estados da Amazônia têm bancada indígena atuante na
Câmara e no Senado” e no complemento da notícia, a equipe incluiu “70%
da bancada fez graduação na Universidade Indígena da Amazônia”.
A
necessidade de uma universidade mais acessível aos povos tradicionais,
tanto pela localização, quanto pelo conteúdo e forma da apresentação de
curso foi reivindicada. Para Roma uma grade curricular que converse com a
sabedoria ancestral desses povos e traga até eles a tecnologia e a
educação faria muita diferença.
“Eu
gosto muito de falar sobre o futuro, o futuro que eu quero. Esse
exercício promovido pelo workshop foi muito interessante. Estar aqui
ouvindo pessoas que têm sensibilidade para questões importantes
relativas aos povos originários da Amazônia foi surpreendente”,
observou.
Para
que estas notícias virem fatos no futuro, mudanças precisam acontecer
agora e o conteúdo do workshop vai dar direcionamento a um relatório que
a empresa MJV vai construir com base nos assuntos pautados durante a
programação do Festival de Investimentos Sustentáveis da Amazônia.
“Queremos
contribuir de maneira efetiva. Aqui lançamos uma semente para colher os
frutos destas mudanças no futuro. Vamos montar um grupo com as pessoas
da oficina e este movimento de construção de pensamentos, ideias e
perspectivas vai continuar. Esse documento vai reunir tudo que foi
discutido e criado nesse workshop, aprofundando as temáticas abordadas e
identificando os principais movimentos que devem influenciar o futuro
da Amazônia”, informa Murillo Albanez.
MJV – Sobre a empresa
Com
mais de 25 anos de atuação na área de tecnologia e inovação e dez
escritórios localizados em países da América do Norte, América do Sul e
Europa, a MJV vai participar do FIINSA pela primeira vez.
A
MJV presta consultoria a empresas de diversos segmentos no Brasil. Um
dos cases mais relevantes foi o desenvolvimento de um aplicativo
,incorporado a uma comunidade no Marajó, para a implantação do
extrativismo sustentável, na cadeia de manejo do Açaí, destinado à uma
indústria de biocosmético.
Sobre o FIINSA
O
2º FIINSA é realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento
Sustentável da Amazônia (Idesam) e Impact HUB Manaus. É correalizado
pela AMAZ aceleradora de impacto, Programa Prioritário de Bioeconomia
(PPBio), Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Uma Concertação pela
Amazônia.
Conta
com patrocínio do Fundo Vale, Instituto Clima & Sociedade (iCS),
Partnerships For Forests, Uk Government, Amazon Investor Coalition,
Instituto Sabin, Fundo JBS pela Amazônia, Americanas S.A, SAP, GBR,
Coca-Cola, Swarovski, MJV e Cooperação Alemã GIZ, e apoio de vários
parceiros como Rede Amazônica e Fundação Certi. Para conferir a
programação completa, acesse www.fiinsa.org.br.
Crédito da foto: Rodrigo Duarte.
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