Vivemos
uma era em que o imediatismo e a busca por prazeres momentâneos
reconfiguram as prioridades financeiras de muitas pessoas. Se, por um
lado, momentos de lazer e autocuidado – como jantares, shows e viagens –
são fundamentais para o bem-estar, por outro, a priorização desses
gastos em detrimento do investimento na educação superior pode
comprometer o potencial de crescimento pessoal e profissional a longo
prazo.
Estudos e
dados estatísticos demonstram que investir em educação não é apenas um
gasto, mas uma aplicação com retornos significativos. Uma pesquisa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a média
salarial de profissionais de diferentes níveis de escolaridade aponta
que, em 2024, a remuneração média de pessoas com nível superior era
quase três vezes maior do que a de profissionais sem essa qualificação.
Além
disso, organizações internacionais, como a Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), indicam que indivíduos
com ensino superior tendem a apresentar taxas de empregabilidade e renda
mais altas e maior estabilidade no mercado de trabalho.
Para
ilustrar o contraste entre gastos imediatos e investimentos futuros,
vejamos alguns números: uma graduação presencial, com mensalidades em
torno de R$ 650, oferece, aproximadamente, 80 horas de aula mensais,
custando cerca de R$ 8,13 por hora. Se a escolha for pela modalidade a
distância, a mensalidade de cerca de R$ 230 reduz esse custo para,
aproximadamente, R$ 1,44 por hora de estudo.
Um
jantar, que dura, aproximadamente, uma hora e meia, pode custar entre
R$ 75 e R$ 150 por pessoa, elevando o custo por hora para R$ 50 a R$
100. Se o lazer for um show, com duração média de duas horas e ingressos
a partir de R$ 150 – podendo ultrapassar R$ 1.000 –, o valor da hora
pode chegar a R$ 500.
Embora
o lazer seja importante para a qualidade de vida, quando priorizado de
forma desequilibrada, pode desviar recursos que seriam decisivos para um
investimento educacional. Essa escolha pode resultar em menores
oportunidades de ascensão profissional e, consequentemente, em salários
reduzidos no futuro.
Em
países desenvolvidos, a relação entre investimento em educação e
crescimento econômico é evidente. No Brasil, apesar de desafios como a
desigualdade de acesso, os dados mostram que cada real investido em
qualificação tende a gerar retornos a médio e longo prazo, contribuindo
para uma vida com mais estabilidade e melhores condições de consumo.
A
educação não pode ser tratada como um gasto secundário, algo a ser
adiado ou descartado diante de prazeres momentâneos, como tem
acontecido. Pelo contrário, é um investimento que traz retornos
expressivos ao longo do tempo.
Diversos
estudos comprovam que o retorno financeiro do investimento em educação é
robusto e pode ser observado em diversas áreas. A valorização no
mercado de trabalho é um dos principais fatores: profissionais com
diploma superior não apenas têm acesso a oportunidades mais
qualificadas, mas também desfrutam de melhores condições salariais e
menores índices de desemprego.
Outro
impacto é observado na estabilidade e no crescimento pessoal. Além dos
benefícios financeiros, a educação amplia horizontes, promove o
desenvolvimento do pensamento crítico e prepara os indivíduos para as
constantes transformações do mercado global.
É
por isso que precisamos repensar nossas prioridades. Não se trata de
abrir mão do lazer ou do cuidado pessoal, mas de buscar um equilíbrio. A
pergunta que deve guiar nossas decisões é: "Esta escolha está
contribuindo para um futuro mais próspero e sustentável?".
Ao
direcionar parte dos recursos para a formação acadêmica, não estamos
apenas investindo em conhecimento, mas também garantindo melhores
condições de vida para nós e para as futuras gerações. Uma educação
sólida é, de fato, a chave para transformar sonhos em realidade e para
construir uma sociedade mais justa e desenvolvida.
A
inversão de valores que privilegia o imediatismo em detrimento do
investimento em educação pode limitar oportunidades e restringir o
potencial de crescimento. Os números são claros: o custo por hora de
estudo é significativamente inferior ao custo do entretenimento. Os
benefícios de uma formação superior se refletem em salários mais altos,
maior empregabilidade e, sobretudo, em uma vida co