MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 5 de abril de 2025

“Adolescência”, da Netflix, acende debate sobre influência do ambiente digital, social e familiar na formação dos jovens

 



  • Etapa retratada nas telas é a mais desafiadora para estudantes em todos os sistemas educacionais, diz Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social
  • No Brasil, escuta de mais de 2 milhões de adolescentes dá início a mudanças na educação


[Abril de 2025] Lançada em 13 de março de 2025, a minissérie britânica “Adolescência”, da Netflix, tem conquistado o público global com uma narrativa inquietante sobre a complexidade da juventude contemporânea. Dirigida por Philip Barantini e escrita por Jack Thorne e Stephen Graham - que também assume o papel do protagonista, Eddie Miller -, a produção de quatro episódios acompanha a história de Jamie Miller (Owen Cooper), um adolescente de 13 anos, cuja vida toma um rumo inesperado. Para além de um drama policial, “Adolescência” se destaca como um alerta sobre as influências do ambiente digital, social e familiar na formação dos jovens.

À medida que a trama avança, camadas da personalidade do adolescente e de seu entorno são reveladas: ele é um jovem vulnerável ao bullying, exposto a conteúdos online misóginos e influenciado por figuras controversas. Nesse contexto, a série ainda questiona como a combinação de falta de suporte familiar e escolar, pressão social e radicalização digital podem moldar comportamentos. 

No Brasil, “Adolescência” ressoa de maneira particular no âmbito da educação, com contornos distintos devido às desigualdades que ampliam os riscos enfrentados pelos estudantes, como os retratados na minissérie. “A fase vivenciada pelo protagonista se compara a dos nossos estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental, entre 11 e 14 anos. É um período de transições simultâneas que pode ser desafiador em todos os sistemas educacionais. É justamente o momento em que eles entram no início da puberdade, navegando pelo desenvolvimento da identidade e mudando os relacionamentos com colegas, pais e professores”, explica a superintendente do Itaú Social, Patricia Mota Guedes. 

Ela destaca ainda as eventuais mudanças de turmas ou mesmo de escolas ao chegarem no sexto ano do Fundamental, além das novas disciplinas que exigem dos alunos tarefas mais complexas. “Essas mudanças fazem parte da trajetória escolar. A questão é como os adolescentes são apoiados nestes processos, e como escolas e redes de ensino se preparam para este papel”, ressalta.  

A produção da Netflix também convida o espectador a refletir sobre a responsabilidade coletiva - de pais, educadores e sociedade - em um mundo em que os jovens têm acesso irrestrito a conteúdos potencialmente prejudiciais. “Ao fortalecer a relação escola-família, cultivar um clima escolar acolhedor e abrir espaço para discussão sobre segurança online, assim como diferentes espaços de participação e produção dos próprios adolescentes, é possível construir uma rede de suporte que ajude os estudantes dos Anos Finais a navegar por suas transições com resiliência”, destaca a superintendente. 


Escuta de adolescentes dá início a mudanças na educação brasileira


Em 2024, o Brasil ouviu mais de 2,3 milhões de adolescentes dos Anos Finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). A iniciativa é resultado da “Semana da Escuta das Adolescências nas Escolas”, que abriu espaço para que jovens de escolas municipais e estaduais de todas as regiões do país expressassem suas percepções, desejos e anseios em relação à escola. “A construção do programa nacional Escola das Adolescências rompeu com a ausência histórica de políticas para esta etapa no Brasil. É a voz dos nossos jovens falando sobre aquilo que, talvez, os adultos ainda não tenham escutado - mas que precisam”, afirma Patricia. As percepções estão sendo consolidadas em um relatório nacional que será lançado em breve pelo MEC (Ministério da Educação). 



Cursos autoformativos e gratuitos exploram acolhimento e transição escolar de jovens


Além dos resultados do documento, outros materiais de apoio e conteúdos formativos já estão disponíveis para gestores e educadores e são uma oportunidade de construir estratégias de aproximação e acolhimento dentro das escolas. 

Em um cenário de constantes novidades digitais, como evidenciado na minissérie “Adolescência”, o conhecimento se torna peça-chave para que todos os envolvidos na formação dos estudantes acompanhem seus comportamentos no universo conectado.


Conheça alguns cursos oferecidos pela Escola Fundação Itaú:


Acolhimento e clima escolar: o objetivo é dar suporte à equipe da Secretaria de Educação a um planejamento de atuação que considere como premissas o acolhimento da comunidade escolar diante da crise vivida e a necessidade permanente de zelo pelo clima escolar como um dos fatores centrais para a aprendizagem de estudantes e educadores. 


Apoio à transição para os Anos Finais: o curso visa refletir sobre os aspectos que impactam a passagem dos anos iniciais para os anos finais do Ensino Fundamental e como profissionais da Educação podem planejar a acolhida e a rotina para que as e os estudantes tenham motivação para aprender.


Ame sua mente na Escola: A partir do entendimento de que a prevenção desempenha um papel crucial no tratamento de transtornos mentais, a formação foi desenvolvida considerando o educador como público-alvo, uma vez que ele está em contato direto e diário com os estudantes em todas as suas fases de desenvolvimento. Isso possibilita ao profissional da educação a oportunidade de observá-los em diversos contextos. Desta forma, a ideia é que este curso contribua para a formação emocional e cognitiva dos educadores, assim como possa auxiliá-los a lidar melhor com as questões de saúde mental na comunidade escolar.


Fortalecimento da relação escola-família e comunidade: a tecnologia educacional foca na importância do fortalecimento da relação entre a escola, as famílias e a comunidade, com destaque para a construção conjunta de planos de ação, que colaborem tanto com os processos da gestão escolar quanto com as aprendizagens de crianças e adolescentes. Os conhecimentos sistematizados no curso contribuem com a ampliação do diálogo entre os principais atores da comunidade escolar e para comprometê-los na criação e sustentação de uma escola para além de muros.


Círculos de leitura: um espaço de troca e conexão: o objetivo do curso é apresentar estratégias para apoiar os jovens no desenvolvimento de sua identidade, cidadania e relacionamento com a comunidade por meio da leitura e compartilhamento em grupo.

Itaú Social – Assessoria de Imprensa

Jemima Bispo - jemima.bispo@tamer.com.br - 11. 99940-0106

Elaine Alves - elaine@tamer.com.br - 11. 97514-0799

Lucas Antônio - lucas.antonio@tamer.com.br - 11.99580-9575

Coordenação: Ana Claudia Bellintane - anaclaudia@tamer.com.br - 11. 96909-4407

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