Lembra
quando você era bem pequeno e perguntava para sua mãe se poderia ir a
uma festa? Ela dizia que não, você logo retrucava com um "Mas, mãe, todo
mundo vai.", e ela falava "Você não é todo mundo." E não é mesmo, cada
pessoa tem um estilo de aprendizagem único, afinal, aprender é um
processo criativo, e este processo, muitas vezes, é dificultado por
alguns sabotadores, que são comportamentos que adquirimos na infância a
fim de termos necessidades emocionais atendidas.
É
importante conhecer quem eles são, quais deles se manifestam com maior
frequência e perceber quando estão agindo, pois são pensamentos
persistentes. Eles nada mais são do que “travas” internas que impedem ou
dificultam o aprendizado, e com algumas técnicas de neuroeducação é
possível descobrir o motivo destas “travas”. É preciso notar quem é o
responsável por elas, empatizar-se, explorar os desejos, navegar pelos
valores e inovar, ou seja, agir.
Entre
esses sabotadores estão a vítima, que sempre fala que não é
compreendida por ninguém; o inquieto, que só quer fazer coisas legais; o
perfeccionista, que acredita que nada está bom, que poderia fazer
sempre melhor; o hipervigilante, que tem tanto medo de falar que nem se
arrisca; o hiper-realizador, que quer ocupar as 24 horas do dia, sem
descanso; e outros cinco sabotadores, como o hiper-racional, o
controlador, o procrastinador, o servil e o crítico.
Por
natureza, o ser humano é naturalmente inquieto por aprender, e isto
está em nosso DNA. Hoje em dia, há uma quantidade absurda de informações
disponíveis, e nessa cobiça de saber um pouco de tudo vamos acumulando
conhecimento que, muitas vezes, vão apenas ocupar espaço mental, sem que
os coloquemos realmente em prática. Conhecimento não é necessariamente
poder, conhecimento é poder em potencial, pois se não é colocado em
prática, ou não é usado, ele é simplesmente o mesmo que não saber.
Por
isso, a neuroeducação, uma área de estudo que integra a neurociência, a
psicologia, a andragogia e as ciências cognitivas, é tão importante
para otimizar o processo de aprendizagem. Ela tem a capacidade de
impactar não apenas a vida pessoal, mas também a financeira, a saúde e
até mesmo os relacionamentos. Ela está intimamente ligada à autoestima,
uma ferramenta necessária para se arriscar ou agir perante o medo. Com a
autoestima elevada, é possível lidar com ele de maneira efetiva. A
neuroeducação ajuda a entender como o nosso cérebro aprende, memoriza e
processa informações. Com esse conhecimento, fica mais fácil criar
métodos de ensino que realmente funcionam, deixando o aprendizado mais
eficiente e até mais divertido.
Somos
seres naturalmente procrastinadores e acabamos deixando para depois
aquilo que pode ser feito antes, e isso acontece porque nosso cérebro
tem sua lei máxima, a LME, Lei do Mínimo Esforço, formando uma trilha
neurológica cada vez que repetimos um comportamento e deixando esse
caminho cada vez mais fácil e rápido de ser percorrido. Por isso é tão
difícil, às vezes, mudarmos um comportamento que já sabemos que é
nocivo. Afinal, aquele caminho já está tão fácil e rápido de percorrer e
requer tão pouco esforço do cérebro que acabamos por repeti-lo
automaticamente.
A
mudança de comportamento requer a construção de uma nova trilha,
começando do zero. Há até um conto chinês que diz que cada um de nós tem
dois cachorros, o mau e o bom, e aquele que for mais bem alimentado
vencerá a batalha. Com os nossos comportamentos ocorre a mesma coisa.
Aprender
é algo que nos deixa extremamente vulneráveis porque entramos em
contato com as nossas crenças mais limitantes, sentimo-nos sozinhos e
achamos que só nós estamos passando por aquela dificuldade. Às vezes,
sentimo-nos incapazes e até incompetentes. E é aí que a neuroeducação
entra em campo; afinal, o aprendizado é um processo desafiador, mas não
impossível.
Marcela
Miranda, especialista em práticas de aprendizagem acelerada e em
Neuroeducação e Programação Neurolinguística (PNL) e autora do best-
seller Mente aberta, língua solta
Crédito da imagem: Divulgação
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