A
governança corporativa surgiu, efetivamente, na década de 1930, com o
desenvolvimento do mercado de capitais, pilar do crescimento de muitas
empresas. No entanto, foi apenas nos anos de 1990 que ela ganhou seu
status atual, mais amplo, abrangendo tanto empresas públicas quanto
privadas e sendo disseminada por diversas instituições mundo afora.
O
Brasil passa por alguns momentos que chamam a atenção das empresas e
das famílias, primeiro porque o crescimento da economia transformou as
empresas em conglomerados complexos, segundo porque as empresas
familiares que tiveram grande sucesso na história recente começam a
mudar de mãos, e somada à evolução dos negócios, também existe a
complexidade familiar.
No
país, o primeiro código sobre este tema foi publicado pelo Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em 1999, e, desde então,
passados pouco mais de 25 anos, continuamos aprendendo, a cada dia, um
pouco mais sobre este complexo tema, porém essencial para a perpetuação
das empresas, independentemente de seu porte e de ser, ou não, familiar.
Mas,
afinal, o que é governança corporativa? Nada mais é do que um conjunto
de princípios, regras e processos pelo qual as empresas são
subordinadas, com o objetivo de gerar valor sustentável para elas, seus
sócios e a sociedade em geral.
Para
as empresas que ainda não a implantaram, não há tempo a perder, não
adianta empurrar esta decisão para a frente e deixá-la para a próxima
geração, afinal, pode ser que a empresa nem chegue a esta próxima
geração. A dificuldade de se implantar a governança é grande, e muitos
empresários preferem culpar os juros, as decisões políticas de cada
governo, a instabilidade econômica e uma série de outros fatores para
evitar sua implantação. A falta de um plano e de cuidado na transição de
gerações é tão ou mais fatal que os problemas elencados acima. É
preciso pensar em governança já. É preciso deixar um legado.
Nem
sempre as decisões a serem tomadas são fáceis ou positivas; muitas
vezes é preciso cortar custos ou dar um passo para trás. A questão
primordial é fazer o que deve ser feito. Lembro uma vez que sugeri a uma
empresa cortar 20% do pessoal para que ela não tivesse que cortar a
totalidade. O gestor preferiu manter todos os funcionários, sendo que os
maiores salários pertenciam aos membros da família, e qual foi o
resultado? Passado algum tempo, teve de cortar 100% e fechar a empresa.
Qualquer
iniciativa de governança deve começar por “quem”, ou seja, escolher as
pessoas certas, pois se as escolhas forem erradas, as chances de
insucesso são grandes. Muita gente deixa para tomar as decisões
importantes quando está perdendo a empresa, mas é preciso mudar esse
cenário, pois a governança existe justamente para reduzir
significativamente os riscos, focando naquilo que precisa ser feito para
mitigá-los.
O maior
lastro da governança é a confiança, tanto para os funcionários quanto
para o mercado, consumidores e fornecedores. Montar um processo
eficiente de governança reduz riscos e aumenta as chances de ganho de
capital. Ou seja, ter uma estrutura de governança organizada pode valer
muito dinheiro, pois ela torna os processos administrativos mais
transparentes, gerando maior confiança e alinhamento entre todos os
stakeholders .
Boas práticas de governança facilitam a tomada de decisões estratégicas, que acabam contribuindo para a perpetuação da empresa.
E a sua empresa, tem governança?
Carlos Donzelli
Head Family Office Magalu e conselheiro do Magalu
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Ricardo Carvalho - ricardo@fonte.com.br
(16) 98118-9333
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