Os recentes episódios de violência no estado acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio.
Tribuna da Bahia, Salvador
28/10/2023 06:00 | Atualizado há 6 horas e 48
Por Jeniffer Gularte, Camila Turtelli e Renan Monteiro
Diante da possibilidade de envio das Forças Armadas para auxiliar no combate à escalada de violência no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva traçou uma linha de corte para a participação dos militares. Segundo ele, militares não devem "entrar na favela brigando com bandido". O plano em discussão prevê a atuação da Aeronáutica, nos aeroportos, e da Marinha, nos portos, para combater o crime organizado no estado.
“Tive uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o companheiro José Mucio (ministro da Defesa) para discutir uma participação no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido, não é esse o papel das Forças Armadas, e enquanto eu for presidente não tem GLO (Garantia da Lei e Ordem), disse Lula, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Os recentes episódios de violência no estado, incluindo a mortes de um grupo de médicos em um quiosque na Barra da Tijuca e os ataques a ônibus motivados pela morte de um miliciano, acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio.
Parlamentares chegaram a levantar necessidade de uma intervenção federal no Rio. Porém, tanto o governador Cláudio Castro quanto o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli argumentam que a ação não é necessária e que "ainda é cedo para avaliar mudanças na atuação da Força Nacional".
“Determinei que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento dos aeroportos. E a Marinha pode reforçar o policiamento dos portos brasileiros. Porque nos aeroportos a droga e as coisas que são contrabandeadas são quilos, nos navios são em toneladas, ou seja, são contêineres de 30, 40 toneladas. É preciso que a Marinha tenha essa disposição. Foi feito um acordo com o ministro da Justiça, com o ministro da Defesa e com o governo do Estado. Nós vamos ajudar”, disse Lula.
Lula disse que a ajuda também contará com a participação da Polícia Federal.
“A Polícia Federal tem que ajudar, está investindo em inteligência, detectando as pessoas e prendendo as pessoas, mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção, como já foi feita há pouco tempo, em que se gastou uma fortuna”, afirmou o presidente durante o café.
O anúncio feito por Lula ocorre dois dias após Castro viajar a Brasília e percorrer gabinetes de ministros do governo e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir ajuda ao estado e um endurecimento na legislação para punir criminosos que utilizem armamento de guerra.
Fonte: Agência O Globo
Os recentes episódios de violência no estado acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio.
Tribuna da Bahia, Salvador
28/10/2023 06:00 | Atualizado há 6 horas e 48 minutos
Por Jeniffer Gularte, Camila Turtelli e Renan Monteiro
Diante da possibilidade de envio das Forças Armadas para auxiliar no combate à escalada de violência no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva traçou uma linha de corte para a participação dos militares. Segundo ele, militares não devem "entrar na favela brigando com bandido". O plano em discussão prevê a atuação da Aeronáutica, nos aeroportos, e da Marinha, nos portos, para combater o crime organizado no estado.
“Tive uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o companheiro José Mucio (ministro da Defesa) para discutir uma participação no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido, não é esse o papel das Forças Armadas, e enquanto eu for presidente não tem GLO (Garantia da Lei e Ordem), disse Lula, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Os recentes episódios de violência no estado, incluindo a mortes de um grupo de médicos em um quiosque na Barra da Tijuca e os ataques a ônibus motivados pela morte de um miliciano, acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio.
Parlamentares chegaram a levantar necessidade de uma intervenção federal no Rio. Porém, tanto o governador Cláudio Castro quanto o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli argumentam que a ação não é necessária e que "ainda é cedo para avaliar mudanças na atuação da Força Nacional".
“Determinei que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento dos aeroportos. E a Marinha pode reforçar o policiamento dos portos brasileiros. Porque nos aeroportos a droga e as coisas que são contrabandeadas são quilos, nos navios são em toneladas, ou seja, são contêineres de 30, 40 toneladas. É preciso que a Marinha tenha essa disposição. Foi feito um acordo com o ministro da Justiça, com o ministro da Defesa e com o governo do Estado. Nós vamos ajudar”, disse Lula.
Lula disse que a ajuda também contará com a participação da Polícia Federal.
“A Polícia Federal tem que ajudar, está investindo em inteligência, detectando as pessoas e prendendo as pessoas, mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção, como já foi feita há pouco tempo, em que se gastou uma fortuna”, afirmou o presidente durante o café.
O anúncio feito por Lula ocorre dois dias após Castro viajar a Brasília e percorrer gabinetes de ministros do governo e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir ajuda ao estado e um endurecimento na legislação para punir criminosos que utilizem armamento de guerra.
Fonte: Agência O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário