MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 28 de outubro de 2023

Presidente diz que não quer Forças Armadas ‘na favela brigando com bandido’


Os recentes episódios de violência no estado acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio. 


Tribuna da Bahia, Salvador
28/10/2023 06:00 | Atualizado há 6 horas e 48

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Jeniffer Gularte, Camila Turtelli e Renan Monteiro  

Diante da possibilidade de envio das Forças Armadas para auxiliar no combate à escalada de violência no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva traçou uma linha de corte para a participação dos militares. Segundo ele, militares não devem "entrar na favela brigando com bandido". O plano em discussão prevê a atuação da Aeronáutica, nos aeroportos, e da Marinha, nos portos, para combater o crime organizado no estado. 

“Tive uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o companheiro José Mucio (ministro da Defesa) para discutir uma participação no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido, não é esse o papel das Forças Armadas, e enquanto eu for presidente não tem GLO (Garantia da Lei e Ordem), disse Lula, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. 

Os recentes episódios de violência no estado, incluindo a mortes de um grupo de médicos em um quiosque na Barra da Tijuca e os ataques a ônibus motivados pela morte de um miliciano, acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio. 

Parlamentares chegaram a levantar necessidade de uma intervenção federal no Rio. Porém, tanto o governador Cláudio Castro quanto o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli argumentam que a ação não é necessária e que "ainda é cedo para avaliar mudanças na atuação da Força Nacional". 

“Determinei que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento dos aeroportos. E a Marinha pode reforçar o policiamento dos portos brasileiros. Porque nos aeroportos a droga e as coisas que são contrabandeadas são quilos, nos navios são em toneladas, ou seja, são contêineres de 30, 40 toneladas. É preciso que a Marinha tenha essa disposição. Foi feito um acordo com o ministro da Justiça, com o ministro da Defesa e com o governo do Estado. Nós vamos ajudar”, disse Lula. 

Lula disse que a ajuda também contará com a participação da Polícia Federal. 

“A Polícia Federal tem que ajudar, está investindo em inteligência, detectando as pessoas e prendendo as pessoas, mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção, como já foi feita há pouco tempo, em que se gastou uma fortuna”, afirmou o presidente durante o café. 

O anúncio feito por Lula ocorre dois dias após Castro viajar a Brasília e percorrer gabinetes de ministros do governo e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir ajuda ao estado e um endurecimento na legislação para punir criminosos que utilizem armamento de guerra. 

Fonte: Agência O Globo

Os recentes episódios de violência no estado acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio. 


Tribuna da Bahia, Salvador
28/10/2023 06:00 | Atualizado há 6 horas e 48 minutos



Por Jeniffer Gularte, Camila Turtelli e Renan Monteiro  

Diante da possibilidade de envio das Forças Armadas para auxiliar no combate à escalada de violência no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva traçou uma linha de corte para a participação dos militares. Segundo ele, militares não devem "entrar na favela brigando com bandido". O plano em discussão prevê a atuação da Aeronáutica, nos aeroportos, e da Marinha, nos portos, para combater o crime organizado no estado. 

“Tive uma reunião com os três comandantes das Forças Armadas e com o companheiro José Mucio (ministro da Defesa) para discutir uma participação no Rio de Janeiro. Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido, não é esse o papel das Forças Armadas, e enquanto eu for presidente não tem GLO (Garantia da Lei e Ordem), disse Lula, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. 

Os recentes episódios de violência no estado, incluindo a mortes de um grupo de médicos em um quiosque na Barra da Tijuca e os ataques a ônibus motivados pela morte de um miliciano, acenderam debates sobre um reforço federal na segurança pública do Rio. 

Parlamentares chegaram a levantar necessidade de uma intervenção federal no Rio. Porém, tanto o governador Cláudio Castro quanto o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli argumentam que a ação não é necessária e que "ainda é cedo para avaliar mudanças na atuação da Força Nacional". 

“Determinei que a Aeronáutica pode reforçar o policiamento dos aeroportos. E a Marinha pode reforçar o policiamento dos portos brasileiros. Porque nos aeroportos a droga e as coisas que são contrabandeadas são quilos, nos navios são em toneladas, ou seja, são contêineres de 30, 40 toneladas. É preciso que a Marinha tenha essa disposição. Foi feito um acordo com o ministro da Justiça, com o ministro da Defesa e com o governo do Estado. Nós vamos ajudar”, disse Lula. 

Lula disse que a ajuda também contará com a participação da Polícia Federal. 

“A Polícia Federal tem que ajudar, está investindo em inteligência, detectando as pessoas e prendendo as pessoas, mas a gente não vai fazer nenhuma intervenção, como já foi feita há pouco tempo, em que se gastou uma fortuna”, afirmou o presidente durante o café. 

O anúncio feito por Lula ocorre dois dias após Castro viajar a Brasília e percorrer gabinetes de ministros do governo e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir ajuda ao estado e um endurecimento na legislação para punir criminosos que utilizem armamento de guerra. 

Fonte: Agência O Globo

 

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