MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 28 de outubro de 2023


O governador Jerônimo Rodrigues ressaltou que é o setor que deve se responsabilizar pela realização da feira 


Tribuna da Bahia, Salvador
28/10/2023 06:00 | Atualizado há 9 horas e 52 minutos

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Foto: Fernando Vivas / GOVBA

Por Mateus Soares 

Ontem, em conversa com a imprensa, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se esquivou da responsabilidade pela não realização da 33ª edição da Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro), que seria realizada no Parque de Exposições de Salvador entre os dias 23 de novembro e 3 de dezembro deste ano. O secretário estadual da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Tum (Avante), tem sido alvo de críticas pelo cancelamento, conforme já divulgado pela Tribuna da Bahia.  

O governador baiano ressaltou que é o setor que deve se responsabilizar pela realização da feira, que tinha como tema o "Agrobusiness". Na ocasião, ele também descartou a possibilidade de demissão de Tum após o desgaste que o titular da Seagri tem sofrido. A pasta alegou "falta de tempo" para a realização do evento.  

"Sou um governador que tem origem nos movimentos sociais, mas respeito e sei da importância do agro, e de uma feira agropecuária. Dialoguei com o secretário Tum no meu gabinete. A exposição não é uma realização do Estado. O Estado é um parceiro", justificou Jerônimo Rodrigues. "No que diz respeito à agricultura familiar, o Estado tem um papel de poder bancar com orçamento, com alguma ajuda a mais, mas no caso do Parque de Exposições, daquela feira, é uma atividade realizada pelos seguimentos do agro", acrescentou o petista.  

Jerônimo prometeu "tratar do assunto". "A gente vai reverter e vamos ver se quem realiza de fato a feira está disposto a dividir conosco essa responsabilidade. O que nós queremos é fortalecer o agro", declarou. "No último prazo agora, quem está puxando realmente o PIB do Estado brasileiro é o agro, e não dá para a gente abrir mão de uma feira tão famosa. Vamos tratar, vamos dialogar sobre isso e ajustar o que for preciso", continuou Jerônimo Rodrigues.  

Ele comentou que é possível que as associações do agronegócio apresentem propostas para que a Fenagro ocorra: "Não vamos fazer guerra e batalha em cima de um tema tão importante. Já valeu aí um chamado de que nós entendemos a importância do Parque de Exposições, que não é só um local para realização de eventos, de cultura. Ele é também, mas quem resolve a data não é a gente. É o movimento organizado".  

Sobre uma eventual demissão de Tum, indicado pelo deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) para o posto, Jerônimo respondeu que "essa coisa não é motivo de discutir reforma". "O governo está bem estabilizado. As motivações que nós temos na relação com os secretários não é relação particular, é uma relação de partido", contou. "Vamos correr com o secretário Tum, que é quem está correndo com a gente no Oeste, no Extremo Sul", completou Jerônimo.  

Nos bastidores, a informação que tem circulado é que Pablo Barrozo, ex-aliado do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), poderia assumir a Seagri no lugar de Tum. Ou seja, o posto permaneceria com o Avante. A indicação partiria do ex-deputado federal Ronaldo Carletto, presidente estadual do partido. 

 

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