MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Russos aprovam mudança que pode deixar Putin no poder até 2036

POLITICA LIVRE
mundo
Em um resultado previsível, os russo votaram maciçamente a favor de um pacote de mudanças constitucionais que permitirá ao presidente Vladimir Putin ficar no poder após 2024.
O que não é previsível é o caminho daqui até o fim do atual mandato de Putin, que agora poderá concorrer novamente à reeleição e, se vencedor, também em 2030.
Se estiver no poder em 2028, será o mais longevo líder russo moderno, ultrapassando o ditador Josef Stálin (1878-1953).
Segundo dados da Comissão Eleitoral Central, 73% dos russos votaram a favor das mudanças, com 25% das urnas apuradas.
O mesmo percentual fora relatado quando apenas 3% dos votos haviam sido contados, e a votação ainda ocorria na área ocidental dos 11 fusos horários do maior país do mundo.
A entidade afirmou projetar um resultado final próximo disso, horas antes mesmo de as urnas serem fechadas. O comparecimento ficou na casa desejada pelo Kremlin, 65%.
O referendo, que não era exigido para que a manobra do Kremlin aprovada pelo Parlamento e pela Corte Constitucional (o Supremo local) no começo do ano valesse, deu o verniz legalista desejado pelo presidente.
Houve diversas denúncias de fraude, mais do que em eleições presidenciais, segundo a ONG Golos (vozes, em russos), que lida com transparência política.
A votação foi estendida por cinco dias e permitida de forma online nas regiões de Moscou e de Níjni-Novgorod, para evitar aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus.
As denúncias diziam mais respeito a garantir um comparecimento alto por meio de pressão e promessas de vantagens do que de propriamente alterar o voto.
“Se você manipula demais, isso pode levar a protestos, como ocorreu em 2012”, disse Samuel Green, diretor do Instituto da Rússia do King’s College, de Londres, em um webinar promovido pelo britânico Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Naquele ano, Putin enfrentou uma onda de protestos antes de sua volta à Presidência, quando era premiê do governo tutelado de Dmitri Medvedev, seu pupilo hoje caído em desgraça por impopularidade. O motivo havia sido a ostensiva fraude nas eleições parlamentares de 2011.
Folha

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