Pegada esportiva e visual agressivo são destaques.
O difícil é o importado abrir espaço na concorrida briga de sedãs médios.
A Mitsubishi ganhou fama no Brasil pela gama 4x4. Com quase todos os modelos fabricados em Catalão (GO), a marca conseguiu preços competitivos; tanto que L200 e Pajero terminaram 2011 no terceiro lugar no ranking de mais vendidos de suas categorias (picape grande e SUV, respectivamente), segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No fim do ano passado, a montadora japonsesa decidiu entrar em mais uma briga, bem diferente: a dos sedãs médios.
A marca trouxe ainda ao Brasil o Lancer Sportback Ralliart, a versão fastback do GT. Ambas foram experimentadas pelo G1 cada uma em um trajeto de cerca de 120 km, urbano e de estrada, entre São Paulo e o distrito de Sousas, em Campinas (SP).
Herança esportivaA linha sedã herdou muito do visual do Evolution, sobretudo a grade frontal e o famoso “nariz de tubarão”, que lhe dão o visual que parece ser o mais agressivo de uma categoria vista por muitos como “de tiozão”, liderada pelo Toyota Corolla. Por sua proposta, o Lancer chega como opção para quem gosta de um sedã bem equipado, porém mais arrojado. Daí o fato de o Corolla não ser apontado como um dos principais concorrentes do topo de linha GT na tabela acima e o Mercedes-Benz Classe C (C180), modelo abaixo de R$ 120 mil da marca alemã, sim.
No modo normal de transmissão, o carro oferece uma jornada confortável e tranquila para condutor e passageiros, mas, mudando para o Sports, o motor 2.0 16 válvulas a gasolina não esquece a “herança” do Evolution e responde prontamente quando se quer um pouco mais de "pegada". E, como dito acima, o paddle-shifters (borboletas) dão a opção da troca de marchas ao volante, completando a sensação de estar guiando um esportivo.
A potência máxima do bloco é de 160 cv a 6.000 rpm. Segundo a montadora, o sedã vai de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos. A velocidade máxima é de 198 km/h e o torque, de 20,1 kgfm a 4.200 rpm. Mas, dentro do carro, mesmo na estrada, predomina o silêncio.
Os itens de segurança do GT incluem ainda freios ABS e sistema EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e BAS (auxílio a frenagens de emergência) e 9 airbags: 2 frontais (motorista e passageiro), 1 de joelho (para motorista), 4 de cortina e 2 laterais. No MT e no CVT, são dois airbags frontais.
InternoCom bom espaço interno, o Lancer tem 4,57 m de comprimento, 2,63 m de entre-eixos, 1,76 m de largura e 1,49 m de altura, maior que a dos principais concorrentes. Toda a linha vem com piloto automático, computador de bordo, ar-condicionado automático e sistema multimídia, entre outros. Quem se anima com a aparência marcante do lado de fora pode se decepcionar com o interior, onde não há ousadias. O painel é sóbrio, de plástico –mas agradável ao toque- e a cor preta predomina. O porta-malas de 413 litros do sedã, mesmo com a facilidade de os braços de fixação da tampa serem externos, o deixa em desvantagem nesse quesito, em relação aos concorrentes.
Apesar da proposta diferenciada, na prática, o Lancer sedã pouco mexerá com a categoria: a briga ainda continuará restrita a Corolla e Honda Civic, agora renovado. Juntos, no ano passado, eles abocanharam 38% das vendas de sedãs médios, com 4,4 mil unidades do sedã da Toyota e 1,91 mil do modelo da Honda emplacadas, em média, ao mês. A Mitsubishi começou importando 500 unidades mensais do Lancer sedã.
Por ora, uma preocupação dos internautas que comentaram a chegada da linha ao Brasil era o preço das revisões do importado. Segundo a Mitsubishi, o gasto com a manutenção programada fica em R$ 3.100, com preços fixos da primeira à 10ª, partindo de R$ 325. O carro tem garantia de 3 anos.
Sportback
A versão Sportback do Lancer, que chegou junto com a linha sedã, no fim do ano, já não tem a pretensão de comprar grandes brigas. Custando R$ 149,9 mil, ela pode ser vista como uma opção para quem tem condições de investir em um esportivo, mas não chegaria aos R$ 216,9 mil do Evolution X. E vem com a assinatura Ralliart, a divisão de competição da Mitsubishi.
De frente, o Sportback tem visual semelhante aos sedãs da linha, mas mostra ao que veio com aberturas para entrada e saída de ar no capô de alumínio. Na traseira, o aerofólio foi instalado na linha do teto, para, segundo a marca, melhorar a estabilidade.
Além das suspensões independentes, freios ABS e sistema EBD, a segurança é reforçada com o controle de estabilidade e de tração – experimentado em uma pequena serra, com curvas fechadas, o carro confirmou a proposta.
Os demais itens de série são basicamente os do GT –mas o teto solar é opcional. A ideia da Mitsubishi com o Sportback é justamente ter um esportivo com as vantagens de um sedã na cabine. Mas o desenho do carro é mais o de um cupê: por isso, o porta-malas é melhor que o do “irmão”, com 440 l.
Frente do Lancer sedã herdou o visual marcante da "família" (Foto: Divulgação)
Até então, a Mitsubishi só importava o topo de linha Lancer Evolution X, hoje na casa dos R$ 220 mil. Agora, as lojas brasileiras oferecem o Lancer a partir de R$ 68,9 mil (Lancer M, com câmbio mecânico). A chamada linha sedã do modelo é completada pelo CVT (R$ 74,9 mil, com câmbio automático de 6 marchas e opção de troca de marchas no volante) e o GT (R$ 86,9 mil, com teto solar e bancos em couro). Por mais R$ 4 mil, a configuração do GT vem com faróis xênon, lavador de farol e retrovisor interno "eletrocrômico" – que escurece sozinho em caso de farol alto.A marca trouxe ainda ao Brasil o Lancer Sportback Ralliart, a versão fastback do GT. Ambas foram experimentadas pelo G1 cada uma em um trajeto de cerca de 120 km, urbano e de estrada, entre São Paulo e o distrito de Sousas, em Campinas (SP).
No modo normal de transmissão, o carro oferece uma jornada confortável e tranquila para condutor e passageiros, mas, mudando para o Sports, o motor 2.0 16 válvulas a gasolina não esquece a “herança” do Evolution e responde prontamente quando se quer um pouco mais de "pegada". E, como dito acima, o paddle-shifters (borboletas) dão a opção da troca de marchas ao volante, completando a sensação de estar guiando um esportivo.
A potência máxima do bloco é de 160 cv a 6.000 rpm. Segundo a montadora, o sedã vai de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos. A velocidade máxima é de 198 km/h e o torque, de 20,1 kgfm a 4.200 rpm. Mas, dentro do carro, mesmo na estrada, predomina o silêncio.
Suspensão faz sedã de 1.360 kg 'grudar' no chão (Foto: Divulgação)
As rodas de liga leve aro 18 são montadas em suspensão dianteira e traseira independentes. A das rodas da frente é do tipo McPherson,com barra estabilizadora. As de trás também reforço na barra e são Multilink. O resultado é que o carro de 1.360 kg, mesmo com uma condução mais ousada, responde rápido ao comando do volante e gruda no chão.Os itens de segurança do GT incluem ainda freios ABS e sistema EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e BAS (auxílio a frenagens de emergência) e 9 airbags: 2 frontais (motorista e passageiro), 1 de joelho (para motorista), 4 de cortina e 2 laterais. No MT e no CVT, são dois airbags frontais.
InternoCom bom espaço interno, o Lancer tem 4,57 m de comprimento, 2,63 m de entre-eixos, 1,76 m de largura e 1,49 m de altura, maior que a dos principais concorrentes. Toda a linha vem com piloto automático, computador de bordo, ar-condicionado automático e sistema multimídia, entre outros. Quem se anima com a aparência marcante do lado de fora pode se decepcionar com o interior, onde não há ousadias. O painel é sóbrio, de plástico –mas agradável ao toque- e a cor preta predomina. O porta-malas de 413 litros do sedã, mesmo com a facilidade de os braços de fixação da tampa serem externos, o deixa em desvantagem nesse quesito, em relação aos concorrentes.
Diferente do exterior, painel do Lancer não tem ousadia (Foto: Divulgação)
MercadoApesar da proposta diferenciada, na prática, o Lancer sedã pouco mexerá com a categoria: a briga ainda continuará restrita a Corolla e Honda Civic, agora renovado. Juntos, no ano passado, eles abocanharam 38% das vendas de sedãs médios, com 4,4 mil unidades do sedã da Toyota e 1,91 mil do modelo da Honda emplacadas, em média, ao mês. A Mitsubishi começou importando 500 unidades mensais do Lancer sedã.
Lavador de farol, um dos "mimos" do Lancer GT
em configuração top (Foto: Divulgação)
O cenário, no entanto, pode mudar quando (e se) o modelo passar a ser fabricado no Brasil. Com o aumento da produção em Catalão, a nacionalização do crossover ASX é esperada ainda para este ano. Com um motor flex –trunfo dos lideres da categoria-, o Lancer poderia lutar por mais espaço.em configuração top (Foto: Divulgação)
Por ora, uma preocupação dos internautas que comentaram a chegada da linha ao Brasil era o preço das revisões do importado. Segundo a Mitsubishi, o gasto com a manutenção programada fica em R$ 3.100, com preços fixos da primeira à 10ª, partindo de R$ 325. O carro tem garantia de 3 anos.
Sportback
A versão Sportback do Lancer, que chegou junto com a linha sedã, no fim do ano, já não tem a pretensão de comprar grandes brigas. Custando R$ 149,9 mil, ela pode ser vista como uma opção para quem tem condições de investir em um esportivo, mas não chegaria aos R$ 216,9 mil do Evolution X. E vem com a assinatura Ralliart, a divisão de competição da Mitsubishi.
Lancer Sportback conta com motor turbo de 250 cv (Foto: Divulgação)
Pelas características e pelo preço, seu concorrente mais provável no Brasil é o Subaru Impreza WRX 2.5 (R$ 139,5 mil pela tabela Fipe).De frente, o Sportback tem visual semelhante aos sedãs da linha, mas mostra ao que veio com aberturas para entrada e saída de ar no capô de alumínio. Na traseira, o aerofólio foi instalado na linha do teto, para, segundo a marca, melhorar a estabilidade.
Além das suspensões independentes, freios ABS e sistema EBD, a segurança é reforçada com o controle de estabilidade e de tração – experimentado em uma pequena serra, com curvas fechadas, o carro confirmou a proposta.
Sportback tem a mesma transmissão e motor do Evolution X (Foto: Divulgação)
O motor 2.0 turbo empolga: entrega até 250 cv, a 6.000 rpm, e a velocidade máxima é de 220 km/h. A aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 7,1 segundos, ainda de acordo com a montadora. O conjunto é completado pela transmissão automatizada de 6 marchas com dupla embreagem, a mesma que equipa o Evolution X, assim como o bloco.Os demais itens de série são basicamente os do GT –mas o teto solar é opcional. A ideia da Mitsubishi com o Sportback é justamente ter um esportivo com as vantagens de um sedã na cabine. Mas o desenho do carro é mais o de um cupê: por isso, o porta-malas é melhor que o do “irmão”, com 440 l.
Aberturas para entrada e saída de ar no capô conferem visual esportivo (Foto: Divulgação)
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