Pacientes sofrem com espera em Pronto-Atendimento lotado, no ES

 

PA da Praia do Suá, em Vitória, estava lotado nesta quarta-feira (4).
Recado avisava que só casos graves seriam atendidos.

Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

Mais uma vez a população sofre com a saúde pública no Espírito Santo. O Pronto-Atendimento da Praia do Suá, em Vitória, estava lotado na noite desta quarta-feira (4), e muitos pacientes não conseguiram atendimento. Segundo a Prefeitura de Vitória, o quadro de profissionais do PA estava completo, com três clínicos e dois pediatras de plantão.
Mas, cinco pacientes de emergência em estado gravíssimo aguardavam vaga de internação e, por isso, precisavam de atenção maior por parte dos médicos. Segundo a prefeitura, diante dessa situação, os pacientes em estado menos grave tinham que esperar mais tempo.
Um aviso foi colocado na porta do PA por volta das 19h30, o qual dizia que a unidade tem capacidade para internar dois pacientes, mas como estava com três, só os casos mais graves seriam atendidos. O recado deixou algumas pessoas revoltadas.

Aviso na porta dizia que só casos graves seriam atendidos. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

"Tem gente que estava aqui desde as 14h30, 15h, e não teve atendimento. Simplesmente colocaram um recado", conta a operadora de negócios Leila Lopes. A paciente estava com crise alérgica e recebeu uma declaração informando que esteve no PA, mas não foi atendida. "Para quem trabalha e precisa disso, serve como um atestado médico. Mas como, se o médico não fez consulta?", declara Leila.
Por volta das 20h, um dos três pacientes graves foi transferido para um hospital e, de acordo com o aviso, o PA passaria a operar com a capacidade normal. Mas, para quem estava do lado de fora, nada mudou. Meia hora após a transferência, os pacientes continuavam recebendo a informação de que não seriam atendidos.
"Estou tremendo, minha cabeça está doendo muito há mais de uma semana, venho aqui para resolver o meu problema e acontece isso? Minha cabeça só piora. Ele só querem atender quando alguém estiver morrendo mesmo", diz a recepcionista Suzane de Jesus, uma das pacientes que aguardava atendimento. Segundo a prefeitura, o atendimento voltou ao normal nesta quinta-feira (5) e os pacientes graves foram transferidos.