MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 1 de janeiro de 2012

Mercado de biquínis e óculos de sol se prepara para demanda do verão

 

Produção de lentes para óculos de sol aumenta 30% em laboratório.
Na fábrica de biquínis, 80% da produção têm alvo certo, o verão.

Do PEGN TV
 No verão, empresas que atuam em ramos de produtos com óculos de sol e biquínis se preparam para o aumento da demanda. O laboratório ótico de Matias e Cida Oliveira conta com um reforço extra. A produção de lentes para óculos de sol aumenta 30%.

Ambos começaram o negócio sem dinheiro. Em 1979, eles alugaram um laboratório e pagavam com a receita das vendas. Com o tempo, juntaram capital e montaram o laboratório próprio. “Na coragem, no trabalho, na força e é assim que a gente vem tocando e você vê como está hoje aí”, diz Matias.

O pequeno negócio virou um dos maiores laboratórios óticos do país. Hoje tem equipamentos modernos, como um que desbasta e dá o grau na lente em 12 segundos. O processo é conhecido como surfaçagem. “É um equipamento de alta precisão e ele elimina vários processos do convencional, e você já tem aqui uma lente já pré-polida”, diz o empresário.

Depois, a lente é polida e está pronta. Só falta colorir. O que nem todo mundo sabe é como uma lente incolor fica escura. A resposta está em um equipamento que é uma espécie de fogão de banho-maria. A lente recebe um banho de tinta quente. O calor abre os poros do material, que absorve a tinta. Tanto é que se a gente corta uma lente dá pra ver que a parte interna também coloriu.

O processo é todo manual, feito a temperatura de 95 graus. Alguns mergulhos na tinta e a lente ganha a cor que o cliente quer. Amarelo, cinza, degrade. “A gente escurece mais a parte de cima e vai clareando o tom de baixo, e vamos misturando as cores até formar o tom da lente que o cliente está pedindo”, diz a colorista Dirce Rosa.
A lente é presa na armação de três maneiras. Por encaixe, com parafuso ou fio de nylon imperceptível. A empresa faz 500 pares de lentes por dia e vende para óticas de todo o país.

BiquínisNa fábrica de biquínis, maiôs e saídas de banho da empresária Patrícia Topp, 80% da produção tem alvo certo: o verão. Ela começou o negócio em 2003, com R$ 20 mil. A empresa cresceu. Hoje tem 30 funcionários e lança coleções que chamam a atenção do mercado.

“A gente tem que buscar surpreender o consumidor, não apresentar aquilo que ele já está acostumado a ver. Mostrar o novo, o novo que ele tem como objeto de desejo”, diz a empresária.

Um ano antes de cada verão, a empresa pesquisa tendências e busca diferenciais. Um exemplo de criatividade na coleção 2012,inspirada em movimentos de arte. É como se a empresa tivesse extraído as estampas de pinturas, com o expressionismo, um movimento artístico com traços distorcidos, reproduzidos no biquíni.

Cada lançamento é um desafio de adaptações. A fábrica vira um laboratório de experiências. Na coleção deste ano, a empresa resolveu fazer biquini de um tecido que imita tricô.

Pronto o modelo, começa a produção. O corte do tecido, a costura, e o acabamento. A coleção reúne desde a arte abstrata às cores vivas do visual pop. “Na Europa, nos outros países, se lança a moda e chega no Brasil depois. O biquíni é o inverso. A gente lança a moda aqui, que eles vão usar, buscar essa novidade só na próxima coleção. Então a gente tem que estar bem na frente”, diz a empresária.

Os biquinis são vendidos para 150 lojas no Brasil. Uma delas recebe 50 clientes por dia. Uma característica empurra as vendas: a versatilidade das peças.

“São várias utilidades na mesma peça. Então o maiô, que as mulheres estão usando como ‘body’, modela o corpo e valoriza, com uma calça saída de praia. Então você sai da praia e já vai para o restaurante, vai passear. Ou então você está de maiô na praia, coloca um short, uma rasteira, e vai para o shopping”, diz Aline Cassiane, coordenadora de estilo.
A previsão da fábrica é que sejam vendidas mais de 30 mil peças neste verão. “Nós só não temos a mesma produção de uma grande empresa. Mas em ousadia e criatividade nos colocamos no mesmo patamar”, diz a empresária.

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