MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Hospital Albert Sabin é alvo de mais uma denúncia de neglicência médica

 

Esta é a terceira denúncia feita com menos de 48 horas, em Salvador.
Mulheres dizem que hospital é responsável por morte de seus filhos.

Nesta segunda-feira (16), mais uma mulher denunciou a maternidade Albert Sabin, no bairro de Cajazeiras, em Salvador. Esta é a terceira denúncia contra a unidade hospitalar em menos de 48 horas. As mulheres denunciam erros médicos antes e durante o parto. Duas das mães não podem mais engravidar.
Nove meses. Essa é a idade que a filha de Adriana Ferreira teria se estivesse viva. A empresária conta que fez todo o pré-natal e acompanhamento na maternidade Albert Sabin, em Salvador, e que aos sete meses de gestação já sentia muitas dores. Mesmo assim a médica decidiu esperar pelo parto normal até o fim da gravidez.
“Eu perguntei a ela se não dava para fazer a cesariana porque eu já estava sentindo muitas dores, eu não estava aguentando nem andar e a criança já estava com quase cinco quilos. Ela disse que eu tinha que esperar o parto ser normal. Quando eu cheguei lá a criança já estava morta”, diz Adriana Ferreira, empresária.
Segundo Adriana, nem o enterro da filha ela pode fazer. Na época a empresária tentou denunciar a situação, mas acabou desistindo e só resolveu denunciar depois que soube de outros casos parecidos. Um deles é o de Dejane. Em novembro de 2010 a secretária chegou à maternidade Albert Sabin com hemorragia e deslocamento de placenta. Estava aos cinco meses de gestação. Ela foi examinada por médicos e passou a noite inteira com sangramento. Só no dia seguinte foi transferida às pressas para outra maternidade. Ela perdeu o bebê e o útero.
O outro caso foi o de Edneusa, internada no último dia seis na maternidade Albert Sabin para ter o segundo filho, um menino que se chamaria Davi. No hospital, a primeira médica disse que o parto seria cesariana, mas depois foi informada por outras duas médicas de que o parto seria normal. O bebê nasceu morto, e ela ainda perdeu um dos ovários e parte do útero. Outro problema foi que o marido teve que assinar um documento liberando o corpo do filho. O caso foi registrado na delegacia de cajazeiras.
A direção da maternidade diz que está investigando os casos de Edneusa e da secretária Dejane, e que vai pedir o desarquivamento do prontuário de Adriana para apurar o que aconteceu. Quanto à denúncia de que o sepultamento teria que ser feito pelo hospital, a diretora diz que este é um procedimento normal.
“A comissão de ética médica e a comissão de revisão de prontuário irá apurar os fatos. Quando acontece óbito fatal é dada a família, muitos até optam pelo sepultamento na maternidade, até para diminuir o sofrimento da família. Então tem uma autorização de sepultamento, que é um formulário padrão, onde os responsáveis autorizam o sepultamento, para que depois eles não digam que o corpo foi sepultado sem a autorização da família”, explica a diretora do hospital, Rita Real.

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